A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse ontem (4), que o governo brasileiro já entregou à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE)
os documentos necessários para reverter a suspensão temporária da exportação de carne bovina para a China, confirmada na segunda-feira (3) pelo ministério, após a notificação de ocorrência de um caso de mal da vaca louca (Encefalopatia Espongiforme Bovina) no Mato Grosso. A medida atende a um protocolo assinado pelos dois países, em 2015.
“São suspensões temporárias, só para avaliação dos documentos entregues [pelo governo brasileiro]. A OIE já terminou o processo. Abriu e fechou sem pedidos complementares. É uma coisa absolutamente normal e estamos esperando a China nos próximos dias nos pedir para retirarmos a suspensão, que foi feita pelo Brasil”, disse a ministra. O registro da doença foi informado na última sexta-feira (31). De acordo com a pasta, trata-se de uma ocorrência isolada e sem risco para a população.
A situação do comércio entre os dois países continua bem, apesar do ocorrido. “Não tem nada. É uma coisa comum que aconteceu em vários países. Isso mostra que o serviço de inspeção brasileiro continua funcionando. Difícil seria se não acontecesse nunca nada”. Lembrou que no ano passado mais de 20 países tiveram ocorrências como esta, que é considerada atípica. “Não é contagiosa e não tem perigo para ninguém. É uma coisa normal que mostra a transparência e a governança do serviço de inspeção”, explicou.
“O único país que exige essa suspensão temporária é a China. Vamos então conversar no futuro sobre um novo protocolo”, acrescentou a ministra, sem especificar a data. “Não posso dizer quando [a medida será suspensa] porque o problema agora está com a China. Não com o Brasil. O mais importante é que Brasil e China fazem parte da OIE, que já fechou o processo liquidando o assunto”, completou (ABr).