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Os 3 gargalos que causam o efeito chicote e como lidar com eles

em Destaques
terça-feira, 11 de outubro de 2022

Quando existem oscilações nos volumes de pedidos, é comum que os membros da cadeia de suprimentos apresentem dificuldades na precisão das estimativas de demanda, desequilibrando os estoques armazenados. Na logística esse fenômeno é conhecido como efeito chicote.

O setor varejista convive com o chamado efeito chicote há muito tempo, porém, como em quase tudo, o mundo pós-pandemia trouxe mudanças para o segmento e intensificou as flutuações nos volumes de pedidos, exigindo renovações cruciais no formato de trabalho.

Entre os principais desafios para o varejista está o aumento dos pedidos online, ou seja, o crescimento do e-commerce. O efeito, apesar de ser uma oportunidade, significou também um grande desafio, obrigando as empresas a se adaptarem rapidamente para conseguir se beneficiar dele. De acordo com uma pesquisa da Mastercard SpendingPulse, o setor de compras online cresceu 75% em meio a pandemia.

“Muitos comércios tiveram suas demandas ampliadas ou simplesmente modificadas, e foram obrigados a aderir ao formato remoto. De forma proporcional, as vendas on-line aumentaram e também nos problemas gerenciais”, comenta Anderson Benetti, Head de Produto Logística da Senior Sistemas, empresa referência em soluções tecnológicas voltadas para gestão empresarial.

Muitos estabelecimentos que dependiam do público regional passaram a receber demandas nacionais e muito maiores, o que trouxe a necessidade de aumentar também os estoques e alinhar os processos logísticos, assim como todos os processos de gestão dos negócios.

Esta nova dinâmica obrigou uma ampliação de produção e de armazenagem, desequilibrando os estoques. Neste ponto, surge o efeito chicote, quando algo que aparentemente poderia ser benéfico, retorna como um problema. Confira:

  1. – Estoque- Se antes um comércio possuía uma demanda média de 50 unidades de um produto específico, por exemplo, e o estoque consistia em 100 unidades, sendo 50 para cobrir a demanda e 50 como estoque de segurança, com o aumento repentino da demanda para 100 unidades do mesmo produto, o comércio foi obrigado a utilizar o estoque de segurança a fim de atender seus clientes.

Imagine que o novo volume de pedidos se mantenha do próximo mês? Minimamente, o comércio precisará dobrar seu estoque, fazendo com que seu fornecedor também utilize seu estoque de segurança, aumentando a produção interna para cobrir a demanda de seu cliente.

E assim acontece sucessivamente durante toda a cadeia de suprimento. “Ao não levar em consideração os estoques de segurança de seus clientes, os fornecedores perdem a precisão da real necessidade de produção e armazenagem, descontrolando toda a cadeia”, explica Anderson.

. Como lidar com o problema? – Do ponto de vista de quem fornece para o comércio, é essencial investir em tecnologias para previsibilidade em vendas e análise de novos negócios, como os CRMs, que são plataformas flexíveis, que automatizam os processos de marketing, de relacionamento com o cliente, e de força de vendas.

Plataformas CRM servem também como pontes para uma melhor comunicação entre a administração e a produção da indústria, consequentemente melhorando a previsão de demanda.

Do ponto de vista do comerciante, é preciso buscar opções de armazenagem e também tornar mais eficiente o relacionamento com o cliente final, por exemplo sendo capaz de informar dados sobre disponibilidade de produtos para venda e tempo de entrega com precisão e transparência.

Quanto a armazenagem, caso o empresário não tenha certeza de que é hora de investir em uma ampliação de espaço, uma alternativa é terceirizar a gestão de estoque.

  1. – Logística – O efeito chicote na logística pode ser visto através da falta de visibilidade das empresas que acabam equivocadamente destinando recursos para aquisição de estoques, considerando dados errôneos ou fora de contextos.

“A gestão e otimização da logística pode aumentar a competitividade e a visão estratégica no planejamento da cadeia de suprimentos, destacando a empresa no mercado, além de fazer crescer a satisfação dos clientes.

Pensando nisso, é preciso disponibilizar tecnologias voltadas para solucionar e automatizar o setor, como ERP, sistema integrado de gestão empresarial, e o WMS, sistema de gerenciamento de armazém”, comenta Anderson. Demandas locais exigem certa organização, porém a gestão logística se torna muito mais difícil quando as demandas tomam proporções nacionais.

E para solucionar problemas logísticos de grande escala, muitas vezes pode ser preciso utilizar sistemas que reúnam informações sobre rotas, estoques, e prazos em uma única plataforma, proporcionando a otimização dos processos, e evitando perdas e desperdícios.

. Como lidar com o problema? – Além da utilização dos sistemas tecnológicos de gerenciamento de logística, terceirizar esse processo, como a contratação de transportadoras para organizar e executar rotas, planejar prazos, ou a contratação de serviços de empresas de aluguéis de espaço para autoarmazenamento podem ser estratégias importantes para lidar com esse efeito na logística.

  1. – Gestão e treinamento de pessoas – Apesar das tecnologias e ferramentas facilitarem os processos, para minimizar as consequências do efeito chicote de forma efetiva é preciso também conhecer, conscientizar e treinar a equipe, que muitas vezes não possui experiência em determinadas situações, como no controle e uso das tecnologias implantadas.

“Adicionar agilidade aos negócios com o desenho e controle total de processos, inclui a gestão eficiente da equipe, que treinada e ciente pode contar com tecnologias, como as soluções em nuvem, e assim ter informações acessíveis a qualquer momento, em qualquer lugar”, detalha Benetti.

Segundo um estudo da eMarketer, em 2020, 17,8% das vendas foram feitas de forma online. Porém a expectativa é que esse número seja de 21% em 2022, atingindo a movimentação de US$ 5,55 trilhões. Portanto, empresas que contam com pessoas, ferramentas e tecnologias alinhadas para efetiva administração e gestão de processos poderão driblar os impactos do efeito chicote, e acompanhar essa tendência de crescimento do mercado de e-commerce.

. Como lidar com o problema? – Existem diversas empresas no mercado que oferecem métodos de ensino para aprendizagem digital. Assim, colaboradores aprendem a utilizar tecnologias de gestão empresarial, com treinamentos digitais sob medida e de forma personalizada, atendendo as necessidades específicas das empresas. – Fonte e outras informações: (https://www.senior.com.br/).