Oito advogados do publicitário João Santana e sua mulher Monica Moura – marqueteiros das campanhas presidenciais de Lula e Dilma – renunciaram à defesa do casal na Operação Lava Jato.
A decisão foi tomada logo após a homologação da delação premiada do casal pelo STF.
Em petição ao juiz federal Sérgio Moro, os criminalistas Fabio Tofic Simantob, Débora Gonçalves Perez, Maria Jamile José, Bruna Nascimento Nunes, Luiz Felipe Gomes, Thais Guerra Leandro, Daniel Paulo Fontana Bragagnollo e João Paulo de Castro Bernardes renunciaram sob alegação de “motivos de foro íntimo”.
A equipe de advogados cuidava da defesa dos marqueteiros desde que eles se tornaram alvo da Lava Jato. João e Monica Moura foram presos em 2016, mas colocados em liberdade por Moro após o início das negociações para delação.
O acordo de colaboração do casal foi homologado pelo ministro Edson Fachin porque os delatores citaram em seus relatos, políticos com foro privilegiado no Supremo.
Na manhã da última terça-feira (4), durante o julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma/Temer, no TSE, o vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino revelou aos ministros em plenário que João Santana e Monica Moura haviam firmado acordo de delação premiada perante a Procuradoria-Geral da República (AE).