Conforme a pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, realizada pela Deloitte e Febraban, 83% dos bancos estão comprometidos com uma agenda de transformação contínua, priorizando a experiência do cliente como forma de diferenciação e direcionando os investimentos em tecnologia para este propósito.
A pesquisa também aponta que a indústria bancária continua a investir em tecnologia, alcançando 104% de orçamento em oito anos, priorizando investimentos em dados, segurança cibernética e experiência do cliente.
Esses aportes podem chegar a R$47,4 bilhões e serão fundamentais para manter a competitividade e impulsionar o crescimento no atual cenário econômico, destacando o compromisso do setor com a inovação e a excelência operacional.
Com o crescimento do setor e os investimentos em tecnologia e nas novas ferramentas de inovação, reunimos 6 temas que prometem se destacar durante o Febraban e no mercado bancário nos próximos anos, confira!
- Cross Industry – O conceito refere-se à integração e colaboração entre diferentes setores para criar novas oportunidades de negócio e inovação. Com a digitalização e a disponibilidade crescente de dados, indústrias que antes operavam isoladamente agora podem se conectar e explorar sinergias que antes eram inimagináveis.
No cenário do Open Finance e Open Insurance, essa integração se torna ainda mais crucial, considerando que a troca e uso de dados entre esses setores estão redefinindo a forma como produtos e serviços são oferecidos e consumidos no mercado. Para o Diretor de Negócios da Lina Open X, Murilo Rabusky, a abertura de dados financeiros e de seguros permite uma visão precisa do perfil dos clientes e possibilita a criação de soluções personalizadas e eficientes.
“Empresas que conseguirem aproveitar essa interconexão terão uma vantagem competitiva significativa, podendo oferecer produtos e serviços que atendam melhor às necessidades dos consumidores”, acrescenta.
- Open Finance – Uma iniciativa do Banco Central (BC), oferece aos consumidores a oportunidade de consolidar todas as suas informações financeiras em um só lugar, proporcionando uma visão abrangente de suas finanças e facilitando a tomada de decisões.
“À medida que o conceito e os benefícios do Open Finance são entendidos, cresce a disposição dos brasileiros em compartilhar seus dados financeiros. Isso reflete no rápido crescimento do Open Finance no Brasil”, destaca o CEO da Lina Open X, Alan Mareines.
Números afirmam a fala do CEO, após o Open Finance ultrapassar a marca de 42 milhões de usuários e possuir uma melhor adesão por parte dos bancos, instituições de pagamento, cooperativas de crédito e fintechs. O aumento significativo na adoção é uma consquência da crescente compreensão de seus benefícios e funcionalidades.
- Pix – Plataforma de pagamentos instantâneos desenvolvida pelo BC, tem se destacado pela agilidade e eficiência nas transações. Em três anos de existência, movimentou R$29,7 trilhões em 66,5 bilhões de transações, conforme a autoridade monetária, e se consolidou como a forma de pagamento mais utilizada pelo brasileiro — isso representa uma média de R$27,5 milhões movimentados por dia.
A agilidade do Pix já registrou mais de 150 milhões de transações diárias, e 99% delas são liquidadas em pouco mais de um segundo. Segundo Mareines, “O Pix e o Open Finance caminham lado a lado porque ambos estão centrados na transformação digital e na criação de um ecossistema financeiro mais dinâmico e acessível a todos”.
- Inteligência Artificial – Vem mostrando sua importância em diversos segmentos, e no mercado financeiro não é diferente. O uso dessa tecnologia no mercado financeiro pode ser visto nas aplicações de biometria facial e chatbots, sendo utilizado entre os principais bancos, conforme o levantamento, que destaca que estas tecnologias trazem segurança, eficiência nas operações e atendimentos cada vez mais personalizados.
De acordo com o estudo da Juniper Research, espera-se que os gastos globais com chatbots devam alcançar US$ 72 bilhões até 2028. Além disso, diversos bancos, principalmente os digitais, já utilizam a tecnologia de biometria facial nas operações via aplicativo.
“A IA tem sido explorada por grandes empresas mundiais há muito tempo e justamente por isso, hoje, podemos ter acesso a serviços que utilizam a tecnologia e viabilizam a democratização da digitalização financeira. Esta é uma tecnologia que pode impulsionar o crescimento e o desenvolvimento em todos os setores, e não é diferente no setor financeiro”, destaca, Murilo Rabusky.
- Drex – A nova moeda digital brasileira tem nome e previsão de liberação para o uso da população. A Drex deve ser liberada ao público no final de 2024, e nada mais é do que uma nova representação do Real, só que 100% disponível em uma plataforma digital. Ou seja: o Drex é o Real, mas em plataforma digital.
Esta moeda deve ter utilidades parecidas às do sistema de pagamentos instantâneos, o PIX, mas há diferenças importantes entre elas, como a possibilidade de compra e venda de títulos públicos, por exemplo. “A transformação digital já é uma realidade, avança ano a ano, e vem para elevar o nível do mercado no país, além de democratizar o acesso aos serviços bancários.
O Brasil já é referência mundial em Open Finance, conta com uma tecnologia avançada como o Pix, que também é referência no mundo, e tanto o cliente quanto o mercado só têm a ganhar. As instituições precisam cada vez mais explorar de forma inteligente as oportunidades que surgem com os avanços tecnológicos, e o horizonte se mostra positivo”, conclui Alan Mareines. – Fonte e mais informações: (https://linaopenx.com.br/).