Também conhecidos por nativos digitais, a Geração Z está determinando as tendências e os padrões de consumo atuais
Matheus Sitael (*)
A Geração Z é formada por indivíduos nascidos entre a segunda metade da década de 1990 e 2010. Essa geração, de modo geral, compartilha características específicas que, claro, acabam servindo de orientação para diversos tipos de empresas.
Via de regra, a Geração Z é formada por “nativos digitais”, termo que se refere ao grupo de pessoas que já cresceu em um mundo digitalizado, e que tem forte impacto nas experiências buscadas e também em valores defendidos por elas. Por exemplo, quando comparadas às outras anteriores – Baby Boomers, Geração X, Geração Y —, as pessoas da Geração Z são mais conectadas entre si.
É justamente por causa dessas características que os nativos digitais são vistos pelo mercado como sedenta por senso de comunidade, por fazer parte de algo, ter uma bandeira, onde a ideia de colaboração mútua, com ações de impacto coletivo, se destaca.
Para elas, o sentimento de pertencer a uma comunidade é valioso, pois traz apoio, conexão e um senso de propósito. Isso permite compartilhar interesses e valores que ditam um lifestyle, que através do lifestyle ditam tendencias, e através das tendencias movimentão a economia.
Esses jovens possuem amplo conhecimento em redes sociais e plataformas similares, além de compartilharem seus hábitos de maneira criativa e instantânea. Além disso, eles também costumam ter forte participação em fóruns e grupos online, locais onde discutem tópicos variados, desde cultura pop e esportes aos temas sociais e políticos.
Nesse cenário, as características da Geração Z permitem que cada vez mais negócios inovadores sejam planejados e desenvolvidos. E para entregar os melhores produtos e serviços voltados a essa geração, é crucial que empresas entendam quais são os desejos e a forma mais adequada para se comunicar.
Por exemplo, para alcançar tal resultado, as companhias implementando estratégias de marketing mais autênticas e transparentes, com mais foco em responsabilidade social, ambiental e diversidade, já que são valores amplamente defendidos pelos nativos digitais
Além disso, algumas empresas também têm feito fortes investimentos na personalização de produtos e serviços, bem como na interatividade – palavra que marca os tempos atuais e também está bem presente nessa geração.
Consequentemente, o chamariz que muitos negócios de sucesso usam para a Geração Z está vinculado à incorporação de tecnologias fielmente alinhadas às preferências desse grupo. Entre elas estão sites e aplicativos mais intuitivos, onde ambos focam no UX Design — área que desenha a experiência de usuários — para que essas pessoas acessem produtos e serviços de forma rápida e sem fricção.
Nesse contexto, a utilização de tecnologias imersivas é outra ferramenta que torna a experiência do usuário mais atraente. Como resultado, ela confere mais engajamento às marcas dado a possibilidade de uma estratégia e experiência gamificada, que se refere à utilização de elementos de jogos em atividades cotidianas visando engajamento e, posteriormente, conversão de usuários/clientes.
Além do mais, cada vez mais empresas estão investindo em parcerias com influenciadores conhecidos pelos nativos digitais, pois eles conseguem promover itens e serviços de forma natural e atingem um público amplo que, sozinha, uma marca não conseguiria.
A Geração Z tem um desejo por contato humanizado e comunidade que as marcas devem dedicar bastante atenção e esforço. Afinal, esses nativos digitais, hiperconectados, já representam atualmente um terço da população mundial e estão determinando tendências e padrões de consumo.
Em uma realidade cada vez mais acelerada e digital, investir no “fator humanização” tem se mostrado cada vez mais necessário para alcançar o senso de comunidade e fazer a diferença no mercado.
(*) É COO da WibooCria, empresa de soluções em web 3 que tem ganhado cada vez mais espaço e notoriedade, criando soluções que envolvem crypto, blockchain, games e tecnologias imersivas.
