Fabrizzio Topper (*)
Após participarmos do consagrado Big Show da NRF, em sua 114ª edição, ficamos entusiasmados com as perspectivas de futuro e repletos de insights de marketing e digital a serem explorados com mais profundidade no mercado nacional nos próximos anos.
A retomada do propósito das marcas e a simplificação dos processos de negócios emergiram como temas centrais, refletindo a necessidade de alinhar-se às expectativas dos consumidores contemporâneos, mais informados e exigentes com a expectativa de trilharem jornadas de compra mais atraentes e fluidas com relacionamentos mais significativos.
Confira o que conseguimos mapear dos principais pontos de inflexão na otimização da conversão comercial e relacional das marcas:
- Jornada Hiperfuncional – A busca por praticidade impulsiona a jornada do consumidor. A agilidade na compra online torna-se prioridade, com sortimento expandido, pagamentos facilitados e entregas convenientes.
- Empatia Digital – A fusão da IA com dados pessoais resulta em Personal Intelligence. Uma abordagem mais pessoal, linguagem natural e interações fluidas definem a era da empatia digital.
- “Customizobsessão” – A hyper personalização atinge novos patamares, abrangendo produtos, serviços e comunicação. Exclusividade é a palavra de ordem.
- Consumo Circular – A resposta à exaustão do hiper capitalismo: novos paradigmas incluem valorizar produtos reciclados e a aceitação do “novo e usado” como uma nova norma.
- Fidelidade Adquirida – Vai além de benefícios tangíveis, focando em facilitar a vida do cliente. Entrega sem custo, ofertas especiais e atendimento diferenciado são os pilares.
- Logística de Vizinhança – A última milha é o novo campo de batalha. A proximidade e rapidez na entrega ditam as escolhas do consumidor.
- Canal Conversacional – A ascensão dos bots, assistentes virtuais e negociações artificiais redefine a eficácia do comércio online. A conversa impulsiona a conversão.
- “Quem Sabe Faz ao Vivo” – Mais do que Livecommerce, a ênfase está em entreter, engajar e orientar. O conteúdo em vídeo se torna essencial para cativar a audiência.
- Hyper Disponibilidade – Ecossistemas fluidos de negócios garantem a máxima disponibilidade na entrega de valor ao cliente. Estoques integrados, crédito facilitado e sortimento expandido são a norma.
- “Comunidatização” – Não é apenas construir comunidades, mas cuidar delas e protagonizar um papel significativo. Estar do lado certo da história é fundamental.
- Preditividade Transparente – Dados de qualidade impulsionam previsões precisas. Ofertas, preços, abastecimento e interações seguem uma abordagem preditiva.
- Influência Emprestada – Estamos na era da cocriação, onde a influência vai além dos produtos. Imagens entrelaçadas entre personagens sociais e marcas criam novas narrativas.
- “QR” Mania – Da pandemia, herdamos o hábito do QR em todos os lugares. Pagamentos, informações, acessos – o QR se torna onipresente.
- Phygitalização – A pós-pandemia vê o renascimento das lojas físicas, mas agora, a porta das lojas é digital. Uma integração de experiências online e offline.
- “Não, Obrigado” – Em um mundo de hiperconectividade, a atenção torna-se um recurso valioso. Bloqueio de acesso, minimização de cadastros e judicialização dos dados emergem como respostas.
- Também Somos Mídia – A ascensão do retail media – plataformas, trade marketing digital – redefine como marcas se comunicam e convertem clientes.
- Do Global ao Local – A globalização dos marketplaces, apoiada por malhas logísticas avançadas, desburocratização digital e rastreabilidade global, redefine as fronteiras comerciais.
- Cocriação Artificial – A inteligência artificial generativa surpreende com criatividade autêntica. Capacidade exponencial, personalização missiva e interatividade imersiva estão no centro disso.
- Zegeneração – A Geração Z molda o pensamento médio da sociedade, destacando-se como críticos sociais, consumidores de opinião e idealistas digitais.
- Simples da Porta pra Fora – Recuperar o básico torna-se vital. Complexidade operacional e tecnológica demandam treinamento, comunicação fluida e integração sistêmica.
Para apoiar essas iniciativas, é essencial investir em ferramentas de gestão de relacionamento com o cliente e inteligência artificial, a fim de aprimorar a precificação, o abastecimento, e o atendimento. Além disso, o emprego de plataformas de Retail Media e análise de dados intensificam a gestão eficiente dos canais de venda e comunicação com os stakeholders.
Ou seja, o que vem pela frente deve ser um momento melhor, mas que para extrair todo o valor e o resultado desejados, exigirá muito esforço por parte daqueles que apostarem em estarem e manterem-se na vanguarda do mercado.
(*) – É Conselheiro, Empreendedor e Professor, atualmente CEO da Driven.cx (https://driven.cx/).