As sociedades estão mudando e, com isso, há novas dinâmicas de consumo. É por esse motivo que os especialistas de marketing devem se antecipar aos novos hábitos dos consumidores para criar fidelidade, conteúdos mais valiosos e focados nas novas tendências para 2023.
Neste sentido, os especialistas de marketing da another, agência global com a maior oferta de serviços no mercado latinoamericano, realizou o webinar “Emerging Consumer Behaviours” para explicar as previsões dos futuros perfis dos consumidores nos próximos anos.
. Um olhar sobre o futuro do consumo – Mariana Carreón, Strategic Planning Director da another, explicou que os perfis dos consumidores estão se transformando rapidamente, por isso é recomendado se antecipar às mudanças e explorar as futuras necessidades da sociedade, o que abrirá oportunidades para as marcas.
Carreón indicou que o comportamento dos consumidores está mudando devido a fatores como a transformação econômica, mudanças após a pandemia, avanços tecnológicos e a reestruturação demográfica. “A internet mudou a forma como nós temos nos relacionado e a pandemia potencializou isso. Nossas vidas estão fazendo uma simbiose com a web e a realidade”, disse.
Os especialistas da equipe de estratégia da agência indicaram que existem novas estruturas sociais que afetam o padrão e as prioridades de consumo das famílias. Além disso, convidaram as marcas a ouvir as emoções dos consumidores. Por exemplo, a quarentena causou traumas que fizeram com que as pessoas agora tomem decisões e comprem coisas baseadas no seu conforto emocional.
Carreón argumenta que os especialistas das marcas não podem se prender ao passado. “Hoje, para sermos relevantes, precisamos focar nas emoções. O atributo funcional é algo que as próprias pessoas tomam como certo e, por isso, devemos agregar à sua vida e ao seu equilíbrio emocional”, finaliza.
Neste sentido, o estudo ‘O custo da vida: Estados emocionais dos consumidores’, da WGSN mostra que a ansiedade econômica, a crise na cadeia de abastecimento global, a inflação, entre outros fatores, dificultam a entrada de marcas na vida dos consumidores, o que aumenta a incerteza, fazendo com que 73% das pessoas se sintam ansiosas com a crise, e 81% com altos níveis de estresse.
Por outro lado, agora os consumidores têm novas formas de criar suas famílias, o modelo da “família tradicional” já não é predominante, e as novas mudanças populacionais mostram que hoje há mais pessoas solteiras e casais sem filhos, uma tendência que vai crescer ainda mais nos próximos 20 anos.
Segundo a pesquisa Euromonitor: ‘Novo panorama do consumidor’. Uma visão global, a previsão de crescimento no período de 2021-2040 é que serão 30% de lares com filhos, 39% de casas com uma pessoa só e 31% de casais sem filhos, estes últimos ultrapassando o modelo tradicional com uma soma de 70%. A evolução da sociedade tende a responder a impulsos culturais que vem se moldando pelo panorama macroeconômico mundial, os quais englobam seis conceitos:
. a economia do cuidado, onde os consumidores buscam cuidar da sua mente, emoções e corpo;
. a internet de tudo que está relacionado à simbiose entre a web e a realidade;
. a consciência global que está intimamente ligada à mudança de nossos hábitos para conter os fatores que desencadearam as mudanças climáticas;
. as novas narrativas, que buscam a reconstrução social, reescrevendo regras políticas, sociais e econômicas para exigir mudanças;
. direto ao essencial;
. a criatividade: esse último conceito sendo a chave da resolução de problemas, já que os consumidores se concentram em encontrar fugas criativas que os estimulam de diferentes maneiras.
. Os novos perfis dos consumidores – Os especialistas da another explicam que existem novos perfis de consumidores, divididos da seguinte maneira:
• Controladores: eles buscam ter o maior controle das situações. São coerentes e tendem a fazer compras inteligentes. Uma estratégia para atingir este nicho é por meio de decisões baseadas em dar-lhes certeza sobre suas compras e garantir que haja valor agregado no que estão consumindo.
• – Construtores de laços: são seres comunitários. Podem compartilhar um serviço de streaming com a família ou até comprar propriedades compartilhadas. Buscam um mundo melhor e, para chegar como marca até estas pessoas é necessário uma estratégia que as envolvam, para que possam sentir que há um valor a mais na marca.
• – Criadores de memórias: estes observam o tempo como um valor máximo, buscam experiências no agora e na nostalgia do passado. As marcas podem focar em uma estratégia baseada na riqueza do tempo, pois procuram acumular momentos e recordações.
• – Otimistas tecnológicos: este consumidor quer novas experiências, tanto no espaço físico como no digital. São motivados pela internet das coisas e administram a tecnologia com perfeição. As marcas podem chegar a estes perfis por meio de momentos “digitalizáveis”.
Por fim, os especialistas digitais defendem que o aumento do custo de vida, o acúmulo de emoções e a presença digital terão uma evidente transformação nos perfis, onde haverá fatores a serem levados em consideração, como os anteriormente citados. – Fonte e mais informações: (https://another.co/).