Apresentado ontem (9), ao público durante congresso realizado na zona sul da capital paulista, o executivo argentino Pablo Di Si assumiu no inicio do mês a presidência da Volkswagen no Brasil com o objetivo, anunciado pelo próprio, de recolocar a montadora alemã na liderança do mercado brasileiro de automóveis.
Ser número um em vendas pode ser o objetivo óbvio de um gigante da indústria automobilística, mas, no caso da Volkswagen, isso não costumava ser externado pelas direções anteriores do grupo na região, que preferiam adotar o discurso de que a prioridade era ter um negócio rentável, sem ter que “comprar” participação de mercado.
Pablo, em sua primeira apresentação no novo cargo, preferiu não se comprometer com prazos. A meta, como informou, é de “médio prazo”. Deixou, porém, claro que assumiu com a tarefa de levar a Volks novamente ao ponto mais alto do ranking. “Um time grande nunca vai jogar pelo segundo ou terceiro lugar, vai jogar para ganhar o campeonato”, frisou o executivo, que gosta de fazer referências ao futebol com a paixão de quem praticou o esporte e chegou a defender as categorias de base do Huracán. “Queremos ser o líder”, acrescentou o novo presidente da Volks.
Não será uma tarefa fácil. Após ser a fabricante de modelos que foram por décadas os mais vendidos do País – casos do Gol e do Fusca -, a Volks está atrás da GM e da Fiat entre as montadoras que mais vendem carros no mercado brasileiro. No ano passado, a diferença em relação à líder GM foi superior a 117 mil veículos. Por outro lado, joga a favor de Pablo um ambiente melhor do que o recebido por seu antecessor, o sul-africano David Powels, que enfrentou nos quase três anos em que esteve no Brasil uma das maiores crises já enfrentadas pela indústria automobilística nacional (AE).