A Justiça Federal no Paraná decretou nova prisão preventiva do presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e de mais quatro diretores da empresa.
Em despacho com data da última sexta-feira (24), o juiz federal Sérgio Moro explica que o novo pedido é necessário, porque, após os cinco investigados terem sido detidos, surgiram novas provas do envolvimento deles no esquema. Embora os elementos que justificaram as primeiras prisões continuem válidos, os investigados vêm tentando obter, no STJ, habeas corpus para que possam responder em liberdade.
Além de Marcelo Odebrecht, estão envolvidos Rogério Santos de Araújo, Márcio Fária da Silva, Cesar Ramos Rocha e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar. Para Moro, não há como não reconhecer que a libertação dos investigados representa risco para a ordem pública. A Odebrecht dispõe dos meios para “interferir de várias maneiras na coleta da provas, seja pressionando testemunhas, seja buscando interferência política”. Assim, o magistrado considera a manutenção das prisões preventivas necessária para interromper o ciclo de “crimes desenvolvidos de forma habitual, profissional e sofisticada”.
Na decisão, Moro diz ainda que, embora a Petrobras tenha proibido a assinatura de novos contratos com as empreiteiras já investigadas pela Lava Jato, estas empresas ainda têm contratos em execução com a estatal. “Nesse contexto em que as empresas do Grupo Odebrecht permanecem ativas, com contratos ativos com a Petrobras, é imprescindível, para prevenir a continuidade das práticas corruptas, a prisão cautelar dos executivos desviados”, afirmou o juiz (ABr).