O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou ontem (24), que um novo aumento de imposto é uma discussão “que não se coloca no momento”.
Ele ressaltou, no entanto, que “tudo é possível, se necessário”. As declarações foram dadas após participação do ministro em evento da XP Investimentos, na capital paulista.
Sobre a possibilidade de rever a alta nas alíquotas dos combustíveis, Meirelles disse que isso vai depender dos impactos da medida. “Evidentemente que esse é um processo dinâmico, tudo está sujeito a uma reavaliação, que depende da avaliação dos fatos e de determinados impactos econômicos”, afirmou o ministro
Segundo Meirelles, em vez de novos aumentos de tributo, o governo tem buscado alternativas de receita para elevar a arrecadação. Ele deu o exemplo da antecipação do pagamento de outorga do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e a liberação de precatórios depositados na Caixa Econômica Federal.
O ministro também minimizou o impacto que o aumento de imposto anunciado na semana passada terá sobre a inflação. “Alguma coisa muda na previsão de inflação, mas a inflação está substancialmente abaixo da meta”, afirmou. Segundo ele, a alta no tributo não teria sido adotada no ano passado, quando o índice de preços estava acima do teto da meta, mas que, hoje, há espaço.
De acordo com ele, os gestores de fundo que participaram da reunião na XP Investimentos não demonstraram preocupação com possíveis impactos da alta no imposto na inflação (AE).