Em junho, informações vazadas da Meta, detentora das plataformas Facebook, Instagram e WhatsApp, davam conta de que a companhia reformularia a maneira como os usuários recebem conteúdo em suas redes, ou seja, no feed do Facebook e no Instagram. A intenção é dar mais destaque à descoberta de novos conteúdos, e claro, valorizar a produção de vídeos.
A mudança de estratégia foi confirmada pelo chefe do Instagram, Adam Mosseri, no início de julho. Ao anunciar que a rede social estava voltando suas atenções para os vídeos, ele afirmou: “Não somos mais um app de compartilhamento de fotos ou um app de compartilhamento de fotos quadradas”, citando entre as razões para a mudança concorrentes como TikTok e YouTube.
Além de ser um claro movimento para tentar frear a popularidade dos rivais, essas alterações irão afetar o consumo em redes sociais de cerca de 3,6 bilhões de pessoas (praticamente metade da população mundial), quando somados todos aqueles que possuem conta em algum aplicativo da empresa. Ou seja, para se conectar com os usuários, empresas de todos os portes também terão de se adaptar e dar mais atenção à produção de vídeos.
“Já há algum tempo, marcar presença nas mídias sociais tornou-se fundamental. Isso não quer dizer que seja fácil conquistar a audiência nessas plataformas. Trata-se de um ambiente extremamente competitivo, no qual cada segundo de atenção da audiência é disputado com intensidade”, diz Thaís Faccin, sócia da Jahe Marketing.
“E mais do que isso: as regras mudam constantemente, dada a adaptação dos algoritmos às mudanças de hábito dos usuários”. Diante desse cenário, é preciso cativar a audiência de maneira criativa e rápida. “Sabemos, de acordo com o próprio Facebook, que o usuário médio gasta 1,3 segundo em cada post no feed. Então, não temos muito mais do que isso para conquistar o usuário”, explica Satye Inatomi, também sócia da Jahe Marketing.
“Assim, é importante investir em conteúdos criativos – e claro, que estão entre os preferidos da audiência e das plataformas. O que não dizer, no entanto, que apenas grandes empresas com budget generoso conseguem produzir vídeos cativantes. Muitas ideias que ganharam tração, ou até viralizaram, precisavam de muito pouco ou quase nenhum investimento”.
As duas afirmam que é preciso chamar a atenção com o que cada marca possui de mais interessante e cativante, em um curto espaço de tempo.
. Como as PMEs podem começar? – Ao mesmo tempo em que aumenta a demanda pelo marketing em vídeo, não é segredo que negócios menores e seus gestores precisam lidar com praticamente todos os aspectos da empresa. E esse é um dos motivos pelos quais muitas PMEs têm algum pé atrás na hora de investir em vídeos.
Uma pesquisa de uma produtora especializada em vídeos explicativos que atua em diversos países, a Wyzowl, joga uma luz sobre esse aspecto. Em 2022, 16% dos pequenos negócios entrevistados disseram não usar vídeos porque não possuem tempo para produzi-los. Já 17% pensam que é caro demais.
Como resolver esse tipo de gargalo? “Uma das alternativas é reestruturar o valor que se dispõe para marketing e ações de propaganda, e investir em alguns itens de vídeo que podem servir como ‘pilares’ para uma presença ideal nas redes”, afirma Faccin.
“Para começar a planejar, uma boa ideia é tomar como base aquilo que você já tem. Estamos falando dos materiais do seu site ou perfil em redes sociais, e o blog da sua empresa, que possui os assuntos nos quais você já construiu uma autoridade online”, complementa Inatomi. Uma boa iluminação e um tripé para apoiar o seu celular pode resolver grande parte dos problemas, em um primeiro momento.
“Antes de publicar, faça testes e veja o que parece mais natural para você e sua empresa. Não se esqueça de que a maior parte de sua audiência irá consumir o conteúdo no celular. Por isso, considere gravar e editar pensando no formato vertical, no estilo TikTok, ou Reels”, dizem. Veja quais tipos de vídeo não podem faltar na estratégia de marketing em vídeo das pequenas empresas, de acordo com a Jahe Marketing:
- – Relato dos clientes – A boa experiência de compra de clientes reais é imbatível para convencer o público de que o produto ou serviço é bom, que a empresa é confiável e que o atendimento funciona. Por isso, é importante manter uma relação transparente e pessoal com os compradores, inclusive depois de efetuada a compra. O marketing boca a boca de clientes satisfeitos acelera o crescimento do negócio.
- – Tutoriais e apresentações – Na verdade, a apresentação do produto, mostrando suas principais características e como funciona já pode ajudar na decisão de compra, pois o manuseio do item permite que o consumidor veja como ele é “na vida real”. Essa é uma boa dica para quem possui e-commerce, pois um vídeo do empresário ou de sua equipe utilizando o produto será mais convincente do que um anúncio publicitário convencional.
- – Bastidores da sua empresa – São os vídeos nos quais é possível conhecer as pessoas que fazem a companhia, e “espiar” como funciona o negócio por dentro, e como as tarefas são realizadas. Esse produto humaniza ainda mais as suas atividades, e aproxima os clientes do cotidiano da empresa. Não é à toa que, atualmente, muitas delas publicam esse tipo de material em redes mais descontraídas, como o TikTok.
É fundamental testar, ouvir opiniões e, também, observar como sua concorrência direta se comporta no ambiente de vídeos para redes sociais. Considerar também a contratação de uma agência ou estúdio com portfólio adequado à necessidade da empresa também é indicado.
Existem alternativas que cabem no orçamento de negócios menores, com grandes chances de aumentar a visibilidade da marca. – Fonte e outras informações, acesse: (https://www.jahemarketing.com.br/).