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MSTS foi criado para ‘disfarçar organização criminosa’

em Destaques
sexta-feira, 05 de agosto de 2016

O diretor do Denarc, delegado Ruy Ferraz Fontes, afirmou que o Movimento Sem-Teto de São Paulo (MSTS) “foi criado para disfarçar a atuação de uma organização criminosa”.

Segundo ele, integrantes da diretoria são ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e nunca atuaram em questões envolvendo moradia. “O único interesse era o tráfico de drogas e estruturar o PCC dentro dos movimentos de moradia”, afirmou o delegado.
Segundo Fontes, nenhum dos integrantes da diretoria do MSTS é sem-teto. Pelo contrário, todos têm imóveis e são donos de estabelecimentos comerciais. “A vice-presidente mora em uma casa de alto padrão no bairro da Saúde, na zona sul. O presidente reside no Jabaquara (também na zona sul) e é dono de uma casa de shows chamada Caldeirão.”
O Edifício Marrocos, na região central, segundo a polícia, era o quartel general do PCC na Cracolândia. Lá, os criminosos se reuniam para contabilizar o dinheiro do tráfico e definir o que seria feito com traficantes que deviam dinheiro para o PCC. No prédio, os investigadores encontraram armas, como um fuzil AK 47, e carabinas escondidas no elevador, drogas, facas e muita munição.
Considerado um dos principais integrantes do PCC na Cracolândia e também do MSTS, Wladimir Ribeiro Brito foi preso em Maceió, onde passava “férias” para comemorar o aniversário da namorada. A polícia apurou que ele desviou R$ 70 mil do PCC para a viagem.