O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, em Curitiba, condenou o ex-gerente da Petrobras, Luiz Carlos Moreira, a 12 anos de prisão, por três crimes de corrupção passiva e um de lavagem de dinheiro, determinando que ele deve ficar preso enquanto aguarda julgamento de recurso.
Na sentença, Moro também determinou a prisão preventiva da dupla de lobistas Jorge Luz e Bruno Luz, ambos apontados pelos investigadores como operadores do PMDB.
O primeiro foi condenado a 13 e oito meses por dois crimes de corrupção passiva e seis de lavagem de dinheiro. O outro foi absolvido da corrupção passiva, mas pegou seis anos e oito meses por seis crimes de lavagem. O processo é decorrente das investigações sobre o pagamento de propina no âmbito da Área Internacional da Petrobras, à época dirigida por Nestor Cerveró. Segundo o MPF, os desvios de ao menos US$ 15 milhões foram feitos em contratos do navio-sonda Vitória 1000, firmados entre a Petrobras e Grupo Schahin.
Jorge e Bruno Luz foram presos em fevereiro, nos Estados Unidos, em decorrência da Operação Blackout, 38ª fase da Lava Jato. O ex-gerente da Petrobras, Luiz Carlos Moreira, foi preso na sexta-feira (20) pela Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, sendo acusado também de destruir provas (ABr).