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Ministro defende mais alunos nas universidades

em Destaques
terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

O ministro da Educação, Ricardo Vélez, defendeu ontem (26), em audiência pública no Senado, aumentar o número de estudantes nas salas de aula das universidades públicas.

Também disse ser favorável às cotas “enquanto não for resolvida a questão do ensino básico de qualidade para todos”. Segundo os dados do último Censo da Educação Superior, de 2017, há, em média, quase 30 estudantes para cada professor, no setor privado. Nas instituições públicas, essa relação é de 12 estudantes por professor.
“Poderíamos utilizar a excelente qualidade acadêmica das nossas universidades públicas colocando mais alunos em sala de aula, aumentando as vagas no setor público”, defendeu. De acordo com o Censo, a maior parte das matrículas do ensino superior está em instituições privadas. Dos cerca de 8,3 milhões, aproximadamente 2 milhões estão em instituições públicas. O ministro descartou, no entanto, a privatização dessas instituições. “Universidade pública não deve ser privatizada. Mas, por ser pública, precisa ser gerida com responsabilidade”, disse.
Vélez também defendeu as cotas nas universidades. “É importante que todos tenham acesso a universidade em pé de igualdade. E aí está nossa dívida social. Temos cotas. Defendo as cotas enquanto não for resolvida a questão de ensino básico de qualidade para todos”. Vélez voltou a defender a melhora da educação básica, que vai do ensino infantil até o ensino médio, como forma de melhorar a qualidade da educação brasileira.
Ao menos três parlamentares questionaram o ministro em relação à mensagem enviada pelo MEC a escolas com uma carta para ser lida aos estudantes. Os principais pontos criticados foram o pedido para gravar estudantes e o uso do slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”. O ministro reconheceu que errou em determinados pontos da mensagem. “O slogan de campanha foi um erro. Já tirei. Quanto à filmagem. Só será divulgada com a autorização da família”, disse. Vélez defendeu a prática de cantar o Hino Nacional: “É amor à pátria” (ABr).