O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse ontem (29) que o processo da denúncia contra o presidente Michel Temer deve ser analisado o mais rápido possível pelos parlamentares.
O deputado defendeu que a Casa retome logo a agenda de votação das reformas, entre elas a da Previdência, que está com sua tramitação paralisada há mais de um mês.
“Eu espero que a gente possa, da forma mais democrática possível, garantir a defesa do presidente da República e, dentro dos prazos regimentais, encerrar esse assunto o mais rápido possível. O Brasil precisa que este assunto esteja superado, independentemente do seu resultado, para que a gente volte a ter a agenda de reformas”, disse Maia, ao adiantar que não deve agrupar a denúncia apresentada a outras possíveis que podem ser enviadas pela PGR. Explicou que se o apensamento não for feito pelo relator do processo no STF, ministro Edson Fachin, provavelmente “a Câmara não o fará”.
Líderes da oposição querem que mais oradores tenham oportunidade de manifestação por mais tempo durante as sessões da Comissão de Constituição e Justiça, além de dois a favor e dois contra. “Essa regra não pode ser aplicada a um processo dessa gravidade, não é razoável que apenas quatro pessoas discutam por cinco minutos uma questão tão importante para o país”, defendeu Alessandro Molon (Rede-RJ).
Na denúncia, Temer é acusado pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, de ter aproveitado da condição de chefe do Poder Executivo e recebido “vantagem indevida” de R$ 500 mil. A defesa do presidente Temer argumenta que as provas contidas na denúncia não são concretas e que o presidente não cometeu nenhum ilício (ABr).