O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), disse “lamentar” a prisão do ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, que se entregou ontem (23), à Polícia Civil, após condenação em segunda instância a 20 anos de prisão por envolvimento no caso do mensalão mineiro.
Ao ponderar o impacto da prisão de Azeredo, que governou o segundo maior colégio eleitoral do País, líderes tucanos têm argumentando que ele não tinha mais atividade partidária e procuraram voltar as críticas na direção do PT.
“O PSDB tem uma postura diferente do PT. Nós respeitamos a lei e as instituições, a gente não fica fazendo acampamento na frente da prisão xingando a Justiça”, disse Bauer, comparando a situação com a do ex-presidente Lula, preso desde o dia 7 de abril em Curitiba. O senador tucano afirmou que acredita na honestidade “pessoal” de Azeredo. “Conheço o Eduardo Azeredo e sei que ele não deve ter se apropriado pessoalmente de nenhum centavo que não seja lícito. Com relação à campanha eleitoral, se a Justiça entendeu que houve prática de ilegalidade, obviamente tem que tomar decisões”, ponderou.
Em sabatina realizada pela Folha de S.Paulo, UOL e SBT ontem (23), o presidente nacional do partido e pré-candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin, procurou diferenciar o PSDB do PT com o mesmo argumento. “Não vamos acampar na porta de penitenciária”, afirmou. Para Bauer, a situação de Azeredo não prejudica a pré-campanha de Alckmin (AE).