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Levantamento analisa riscos para o setor de varejo

em Destaques
sexta-feira, 02 de agosto de 2024

A KPMG realizou um levantamento que elenca os principais riscos globais existentes e emergentes que podem afetar 12 setores da economia brasileira, entre eles, o varejo. A análise foi feita levando em consideração dez fatores de valor que aumentam o preço de um produto ou serviço.

O objetivo da publicação é ajudar as organizações no alinhamento dos perfis de riscos com as empresas similares por setor, além de promover a avaliação e gestão dos problemas com alto potencial para o segmento.

“As organizações que utilizam a gestão de riscos corporativos com o objetivo de identificar, avaliar, monitorar e priorizar as ameaças que possam comprometer a lucratividade estão adotando medidas de prevenção de crises para empresas, colaboradores e partes envolvidas.

Diante desse cenário, o levantamento destaca a importância de ter uma visão voltada para o futuro e investir em tendências inovadoras para cada setor”, analisa o sócio-líder de governança, risco e compliance da KPMG no Brasil, Fernando Lage. Segundo o estudo, os principais riscos para o setor de varejo são os seguintes:

  1. – Lucratividade e liquidez – Varejo utilizando cada vez mais o comércio eletrônico para vender produtos em promoção ou com descontos; desafios maiores em relação ao desempenho do negócio em gerar o fluxo de caixa esperado.
  2. – Estratégia – Adoção de novos modelos de negócio; o comércio eletrônico, marketplaces e a conversão de lojas com foco em desconto impactam a visão tradicional dos varejistas; investimentos em robôs e automações.
  3. – Produção e operação – Risco resultante da interrupção de atividade causada por sindicatos, greves e paralisações; qualidade e segurança dos produtos e riscos de quebra de estoque.
  4. – Cliente – As taxas de devolução de produtos nas compras feitas on-line são mais frequentes do que em lojas físicas, além de maior incidência de fraudes; declínio dos gastos dos consumidores.
  5. – Conformidade – Restrições sobre as condições comerciais, políticas e de distribuição do país; novas relações comerciais; mudanças em regulamentações, reforma tributária.
  6. – Reputação e ética: – Ameaças associadas à manutenção de altos níveis de qualidade de produtos e serviços; aumento dos riscos reputacionais devido às redes sociais e à internet.
  7. – Crescimento e concorrência – Aumento das pressões para atender à demanda e às tendências dos clientes; competição globalizada e diversificação das ofertas de serviços.
  8. – Saúde, segurança e meio ambiente – Mudanças climáticas e desastres naturais; incapacidade de alcançar as metas ESG nos três pilares; pressão para atender às normas de segurança.
  9. – Tecnologia – Aumento de ataques e ameaças cibernéticos; a adoção de tecnologias digitais requer novas habilidades e funcionários cada vez mais capacitados, com necessidade constante de reciclagem e atualização tecnológica.
  10. – Sociedade e pessoas – O êxito da organização depende dos esforços contínuos dos principais colaboradores; responder às necessidades dos clientes, considerando as diferenças de expectativas que cada geração apresenta.

“A gestão de riscos corporativos deve fazer parte do dia a dia dos varejistas. O segmento é muito dinâmico, com um histórico de forte concorrência entre os participantes e com clientes cada vez mais exigentes, uma vez que temos um ambiente onde gerações muito diferentes convivem e esperam que suas expectativas sejam atendidas e até superadas”, complementa o sócio-líder para o setor de consumo e varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul, Fernando Gambôa. – Fonte: (https://kpmg.com).