Salários e benefícios corporativos podem fazer a diferença na decisão de ficar ou sair de um emprego, aponta estudo da Up Brasil
O “job hopping” foi um dos assuntos mais comentados no primeiro semestre deste ano no meio corporativo. O termo em inglês, que significa “salto de emprego”, representa a atitude de alguns trabalhadores, principalmente da nova geração, em mudar de serviço mais de uma vez em um curto período de tempo. No Brasil, não chega a dois anos o tempo médio que a maioria dos colaboradores ficam em um mesmo emprego, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho em janeiro de 2023. A tendência ganhou força no mercado e ainda preocupa muitos profissionais de RH, que precisam encontrar soluções para tentar frear essa ação.
Levantamento feito pela Up Brasil, multinacional de benefícios corporativos presente em 22 países, mostrou que os incentivos são determinantes na hora de um candidato avaliar a proposta de emprego, e decisivos também na busca de novas experiências. A amostragem realizada com mais de 200 pessoas de diversas empresas parceiras apontou que 94% dos participantes da pesquisa avaliam o que é oferecido além do salário. Essa análise pode levar as pessoas a escolherem uma vaga ou permanecerem em seus empregos.
Para Wander Luiz de Camargo Filho, gerente de design organizacional da Up Brasil, criar uma boa política de benefícios que vá além de recompensas é uma das estratégias para evitar o job hopping. Isso porque a forma como os talentos humanos têm encarado as oportunidades de trabalho mudou nos últimos anos.
“Com mercado cada vez mais competitivo, apresentar benefícios aos seus colaboradores com o objetivo de mantê-los é importante, porque uma das grandes buscas dos profissionais é a qualidade de vida. O mais indicado é ir além dos incentivos tradicionais que já são oferecidos por todas as companhias e procurar por soluções inovadoras, justamente para se destacar entre as demais organizações”, explica Wander..
O colaborador deve saber que pode contar com a empresa
Outra estratégia importante no processo de frear o job hopping, ainda de acordo com a especialista, é prestar atenção na saúde dos funcionários, pois é um fator que também determina sua saída ou permanência em um emprego. Problemas financeiros, por exemplo, podem afetar a saúde mental dos membros da equipe. Uma pesquisa realizada pela Serasa em parceria com a Opinion Box, no final do ano passado, apontou que cerca de 86% das pessoas com dívidas tinham dificuldades de dormir, 74% enfrentavam dificuldades para se concentrar nas tarefas diárias e 61% tiveram crises e ansiedade.
Esse é um exemplo claro em que a empregadora pode ajudar diretamente, fazendo a diferença na vida pessoal e profissional do colaborador, deixando claro que a companhia também se preocupa. Nessa empreitada, cartões de antecipação salarial, um benefício simples e efetivo, podem ser de grande valia.
“É preciso demonstrar empatia e oferecer apoio prático. A antecipação salarial, que já faz parte das soluções da Up Brasil, vem aliviando o orçamento de muitos trabalhadores com imprevistos financeiros. A solução permite antecipações de até 40% da remuneração mensal, e o colaborador tem até 40 dias para quitar a quantia, sem juros. Oferecer a mão no momento de dificuldade estreita laços de forma poderosa”, completa Wander.