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Investimentos: cenário de recessão pede estratégias contra riscos

em Destaques
sexta-feira, 10 de março de 2023

O ano começou com a projeção de uma recessão global, o que trouxe preocupação e dúvidas aos investidores. Entender o cenário macroeconômico que vem sendo desenhado por autoridades internacionais é o primeiro passo para definir qual é a melhor estratégia para proteger o patrimônio financeiro.

A informação sobre a possibilidade de a economia mundial entrar em recessão foi divulgada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no início de janeiro. A projeção foi justificada por conta de uma série de fatores que devem acarretar a desaceleração econômica nos Estados Unidos, na China e nos países da União Europeia simultaneamente.

A economia estadunidense sofre com os impactos da pior alta da inflação nos últimos 40 anos. Para conter a situação, os juros foram elevados consecutivamente. Com isso, houve o desaquecimento da produção industrial e das vendas do varejo.
Na avaliação do FMI, os Estados Unidos só conseguirão impedir a crise se mantiverem o mercado de trabalho forte. No entanto, os economistas não descartam a possibilidade de aumento do desemprego nos próximos meses.

Na China, segunda maior economia do mundo, a retração teve início em 2022, quando foram adotadas medidas de restrição severa para combater a nova onda da Covid-19 no país. Houve, assim, a interrupção das cadeias de suprimento e prejuízos financeiros.

Em dezembro do ano passado, houve a reabertura do mercado chinês, mas a situação ainda segue delicada. De acordo com o FMI, pela primeira vez, nas últimas quatro décadas, a China poderá ter um crescimento inferior à média global.
Já a economia da União Europeia tem sido impactada diretamente pela guerra entre Rússia e Ucrânia. A projeção do FMI é que o crescimento global em 2023 seja de 2,7%, abaixo dos 3,2% verificados no ano passado.

. Como investir no período de recessão – Diante da projeção feita pelo FMI, os investidores devem buscar entender o cenário para definir estratégias que possam reduzir os riscos de perda e aumentar a segurança do patrimônio financeiro.
A orientação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) é diversificar a carteira de investimentos, observando como os produtos financeiros tendem a se comportar diante das variáveis.

Se a perspectiva é de recessão nas economias estadunidense, chinesa e da União Europeia, os investimentos no exterior não são os mais indicados no momento. Os investidores brasileiros tendem a aplicar em moedas e produtos estrangeiros como forma de proteger o patrimônio financeiro das oscilações do mercado interno. No entanto, diante da projeção do FMI, este não é o comportamento mais recomendado.

Dessa forma, é aconselhável observar a situação econômica nacional para avaliar quais são os investimentos mais atrativos. Considerando que a inflação e os juros seguem em alta e que o país também será afetado pelos efeitos da macroeconomia, os papéis prefixados e as ações de setores mais estáveis podem oferecer maior segurança.

. Opções de renda fixa e variável – Para quem deseja investir na renda variável, as companhias dos setores financeiro, elétrico, de saúde e saneamento listadas na Bolsa de Valores estão entre as mais resilientes no período de crise. Banco do Brasil, Bradesco, Eletrobras, Energias, Energisa, Engie Brasil, Grupo Alliar, Itaú Unibanco, Rede D’or, Sabesp e Sanepar são algumas das opções para os investidores.

Já na renda fixa, os títulos públicos atrelados ao IPCA e à Selic são vantajosos. Na apuração mais recente feita pelo BGE, o índice inflacionário estava acumulado em 5,77%. Já a taxa básica de juros segue em 13,75% ao ano.

. O que caracteriza a recessão econômica? – A recessão econômica está ligada ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), que pode ser compreendido como a geração de riqueza de uma cidade, estado ou país. Quando há quedas consecutivas do PIB por um período prolongado, está caracterizado um cenário de recessão. O prazo estimado para essa avaliação é de dois trimestres.

As causas para a redução do PIB podem incluir instabilidade política, medidas econômicas arbitrárias, desastres ambientais de grandes proporções, entre outros fatores. – Fonte (www.genialinvestimentos.com.br).