Adriana Giacomin, da Bioelements, elenca as principais oportunidades e desafios para a internacionalização de uma marca
Tido como um processo estratégico pelo qual as empresas visam expandir suas operações, além das fronteiras nacionais, a internacionalização de marcas traz oportunidades de crescimento em mercados internacionais. Logo, diversificação de riscos, vantagens competitivas e comparativas, ampliação da escala de produção, acesso a recursos estratégicos e novos mercados são alguns dos principais motivos que levam o negócio a se internacionalizar.
Resumidamente, a internacionalização faz com que as empresas aprendam as melhores práticas do mercado de atuação, como se posicionam e, sobretudo, como gerar valor. Assim, o negócio é capaz de desenvolver produtos e serviços mais competitivos e eficientes para diversos mercados mundiais.
Porém, um processo de internacionalização bem estruturado, exige que alguns passos sejam seguidos e inúmeros desafios superados, como as barreiras culturais e linguísticas, que dificultam a comunicação e a compreensão entre empresa e mercado-alvo. Isto afeta, principalmente as negociações, estratégias de marketing, adaptações do produto e o estabelecimento de relacionamentos comerciais sólidos.
As barreiras regulatórias e legais também enredam a entrada e a operação em novos mercados, ao passo que existem diversas regulamentações complexas e distintos sistemas legais. Aliado a isso, podemos citar a concorrência local, logística e cadeia de suprimentos, riscos financeiros e cambiais, gerenciamento de marca e reputação, além da adaptação do produto ou serviço, como possíveis entraves para a internacionalização de uma marca.
Estratégia cada vez mais almejada pelas organizações, a internacionalização sofreu um boom na era digital, que ampliou os efeitos da globalização e a abertura do mercado mundial, como um grande atrativo para o crescimento. Não à toa, as franquias brasileiras aceleraram o ritmo de expansão internacional em 2022, saltando de 183 para 213 o número de empresas com operação em outros países, de acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Isto representa um avanço de 16% em relação a 2021.
A sua empresa opera em um mercado saturado? O crescimento da sua marca é limitado? Se sim, a internacionalização pode ser uma boa saída! Afinal, ao se internacionalizar, você reduz a dependência de um único mercado, evitando assim possíveis flutuações econômicas, mudanças regulatórias, instabilidades políticas e demais incertezas específicas de um determinado país ou região. Este processo posicionará sua marca globalmente, aumentando a visibilidade, reputação e o reconhecimento internacional.
Sabemos que empreender fora do mercado doméstico envolve uma série de desafios. No entanto, a partir de uma preparação adequada, um planejamento estratégico e, sobretudo, pleno entendimento dos mercados-alvo, essas dificuldades tornam-se superáveis, possibilitando que as empresas desfrutem das oportunidades de crescimento global.
Lembre-se: é fundamental compreender quais motivos guiaram uma empresa a se internacionalizar. Logo, mapear vantagens competitivas e comparativas é imprescindível. Seja uma demanda cultural da sociedade, ou até mesmo uma regulamentação governamental, identificar oportunidades e elaborar estratégias personalizadas que atendam às necessidades e expectativas do mercado é crucial para se destacar diante da concorrência visceral e, consequentemente, estabelecer relacionamentos sólidos e duradouros.
(Fonte: Adriana Giacomin é Country Manager Brasil da Bioelements, empresa dedicada à produção de alternativas biodegradáveis ao plástico convencional).
