O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse que “a inflação acumulada em 12 meses deve atingir o pico neste trimestre e permanecer em níveis elevados até o final do ano, para depois iniciar trajetória de queda”, ao abrir o 10º Seminário Anual sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária na capital paulista.
Na estimativa do BC, a inflação, medida pelo IPCA, deve ficar em 9%, este ano. Para 2016, a previsão é que a inflação recue e encerre o ano em 4,8%.
A previsão é que a inflação volte a convergir para o centro da meta a partir de 2017. “No início do ano, as medianas das expectativas para inflação de 2017 a 2019 se encontravam muito acima do nível de 4,5% ao ano. Atualmente, verifica-se convergência das expectativas para o centro da meta em um intervalo de médio e longo prazo”, acrescentou. Para evitar que o aumento de preços se estenda para além deste ano, o presidente do BC destacou que a Selic deve permanecer elevada.
Entre as causas da inflação, Tombini citou a valorização do dólar em relação às moedas das economias emergentes e o reajuste dos preços administrados, como energia elétrica. “Os ajustes dos preços relativos, representados pelo fortalecimento do dólar e pelo aumento dos preços administrados têm colocado importantes desafios à condução da política monetária. Esses ajustes de preço fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015” (ABr).