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Guerra do consumo: como redefinir o processo para se tornar competitivo

em Destaques
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

De acordo com o Ministério da Economia, o Brasil registrou a abertura de 782.664 novas empresas no segundo quadrimestre de 2020. A alta no número de empresas em atividade foi de 4,5% em relação ao primeiro período do ano de 2020, somando 19.289 milhões. Os microempreendedores individuais são responsáveis por 55,4% das empresas ativas no Brasil durante o período analisado. Em um cenário cada vez mais competitivo, como criar ou manter uma empresa ativa no mercado?

O especialista em marketing e estratégia de negócios, Frederico Burlamaqui, lembra que a habilidade do gestor é fator crucial para definir o sucesso da empresa. “98% das pesquisas viabilidade de negócios que realizamos mostram que o mercado de atuação desejado está saturado”, afirma. A competitividade e sucesso do negócio está diretamente ligada ao seu processo de gestão. Burlamaqui, que atua diretamente na organização geral das empresas, indica que é preciso avaliar todas as áreas, mas com uma visão global do negócio.

“Realizamos uma jornada de redefinição do processo – desde a estrutura até o processo final, organizando a empresa para que seja um desejo de consumo do cliente final”, afirma. Segundo o especialista, a jornada de redefinição consiste na análise de seis pontos cruciais para o sucesso e saúde financeira da empresa:

1- Pessoas – quem são as pessoas que fazem parte da sua empresa? Quais a s habilidades e conhecimentos elas precisam ter? Estão alinhadas com seus valores? Entendem o que de fato a empresa faz? É importante proporcionar um conhecimento global da sua empresa a todos os envolvidos, à fim de unificar os objetivos e unir forças em todas as áreas;

2- Valor – Por que os clientes deveriam escolher sua empresa? A partir da perspectiva do seu cliente, qual o benefício encontrado em comprar do seu negócio? Comparado com os concorrentes, substitutos, equivalentes ou frente a não adquirir nenhum item? Essas definições devem definir e inspirar todas as ações da empresa: comunicação, marketing, relacionamento, definição de público e parceiros. O Valor gerado pela empresa deve inspirar todos os processos e decisões dela;

3- Marca – “Marca é o que falam de você, quando você não está presente”, desse modo, primeiro é necessário arrumar a casa, preparar o terreno e manter todos os processos da empresa orientados a construir uma marca que desperte a preferência dos consumidores. Todos os elementos do Sistema de Identidade da Marca (entre eles, o Logotipo), deve evidenciar os fatores pelos quais a empresa busca ser lembrada, desejada e vir a se tornar a primeira escolha do cliente;

4- Comunicação – além de desenvolver um discurso comercial, a empresa precisa conversar com o cliente. Mapeie os momentos em que as pessoas querem comunicação rápida e outros que querem uma comunicação mais elaborada, um atendimento mais atencioso. Assim, é possível definir onde a empresa precisa estar – contato imediato, redes sociais, pós-vendas – e proporcionar uma comunicação assertiva com o cliente;

5- Recorrência – quem é e de onde vem o seu público? Qual a jornada do consumidor para adquirir soluções como as suas? Com essa análise, é possível entender qual o caminho que o cliente percorre para chegar até você e lançar estratégias para que esse mesmo caminho seja mais eficaz e incentivador de novas e maiores compras em outros momentos;

6- Encantamento – o cliente pode ser impactado de diversas formas: a apresentação dos produtos, a forma como o acompanhamento de todo o processo de vendas foi feita, ações sociais da empresa e até mesmo surpreender o cliente com um presente, um voucher de aniversário – tudo isso gera encantamento. O cliente é o principal multiplicador de vendas de uma empresa e, quando ele é impactado de forma positiva, torna-se defensor da marca.

O especialista alerta que para 2021 é muito provável um acirramento da crise econômica, achatamento do poder aquisitivo e, consequentemente, maior competição entre as empresas. “Ninguém vende nada, quem compra é o cliente. Organize a sua empresa para torná-la objeto de desejo para o cliente”, finaliza. – Fonte e mais informações: (www.marketingestrategia.com.br).