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Gasolina aditivada é a melhor opção para pegar estrada?

em Destaques
domingo, 31 de março de 2024

Muitos brasileiros aproveitam os feriados para viajar, seja para o litoral ou interior do país. Afinal, o ano de 2024 não reserva muitos feriados prolongados, e os poucos que possibilitam essa folga vão ser aproveitados ao máximo. Mas, ao abastecer o automóvel, os motoristas podem ficar na dúvida sobre qual gasolina utilizar para pegar a estrada: a comum ou a aditivada.

Nos dois casos, o combustível é formado pela mesma quantidade de componentes: são 73% de gasolina e 27% de etanol. A diferença está em alguns componentes que a versão aditivada recebe e que podem beneficiar o funcionamento do motor do veículo, conforme explica o diretor de Novos Negócios e Marketing da ON Petro, José Debiasi. A empresa trabalha no ramo da distribuição de combustíveis, e possui atuação com rede de postos.

“Essa opção do combustível recebe componentes como detergentes e dispersantes. Dentro do veículo, eles podem ajudar na limpeza para evitar o acúmulo de substâncias nas peças. Esses resíduos comprometem o funcionamento do motor”, afirma. Como em uma viagem, principalmente em casos de trechos maiores, será exigido trabalho do motor por mais tempo, a gasolina aditivada pode ser uma saída interessante para os motoristas, em especial a longo prazo.

“Ainda que essa opção possa aparecer mais cara em alguns pontos de venda, ela pode demandar menor manutenção do veículo futuramente, pois garante mais limpeza às peças do motor durante o uso dos componentes”, diz Debiasi. O excesso de resíduos também pode prejudicar a queima do combustível durante o funcionamento do motor. Por isso, ao mesmo tempo em que a gasolina aditivada garante a limpeza dos equipamentos e partes do automóvel, também garante melhor combustão.

“Os bicos injetores, que são responsáveis por inserir a gasolina na câmara de combustão, quando estão limpos permitem que a substância chegue ao local de forma mais apropriada e, assim, temos melhor queima do combustível e um desempenho mais adequado conforme esperado pelo motorista”, afirma. Outro componente útil para os motoristas nas viagens é o uso do freio motor, que consiste na desaceleração do veículo com a diminuição das marchas com ajuda do motor.

Trata-se de um auxílio às frenagens principalmente nos trechos em que a estrada passa por longas descidas. Para isso, o motorista deve tirar o pé do acelerador, deixar o automóvel em marcha mais reduzida e usar o funcionamento do motor para manter a velocidade menor durante a descida. Segundo Debiasi, usar esse artifício na viagem garante menor consumo de combustível.

“Quando usamos o freio motor, tiramos o pé do acelerador e isso reduz o consumo, pois a ingestão de gasolina no motor acontece somente quando aceleramos o veículo”. Outra questão importante é a diminuição da sobrecarga nos freios. “Em uma descida, se usarmos muito o pedal de freio para desacelerar, o consumo das pastilhas aumenta. Futuramente, isso pode gerar mais gastos com manutenção”, explica.

Contudo, Debiasi ressalta que isso não impede que ao longo da viagem o freio convencional seja utilizado. “Ele deve ser acionado sempre que necessário, inclusive em uma descida, caso o motorista identifique que é necessário evitar qualquer acidente. O uso de um sistema não impede que o outro seja acionado sempre que for preciso”, pontua.

Mesmo que o uso da gasolina aditivada e do freio motor diminuam os custos com manutenção, isso não significa que os motoristas não precisem fazer revisões nos veículos e buscar locais especializados na substituição ou reparo das peças e componentes. “Isso vale tanto para os dias anteriores a longas viagens, quanto para o retorno das férias ou do feriado prolongado.

Manter o automóvel em dia significa mais segurança para todos os usuários do veículo o ano todo”, finaliza. – Fonte e outras informações: (https://www.onpetro.com.br).