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Garotinho ‘faz parte’ de organização criminosa, diz juiz

em Destaques
quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O presidente nacional do Partido da República (PR), Antônio Carlos Rodrigues, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, e a esposa dele, a também ex-governadora Rosinha Garotinho, fariam parte de uma organização criminosa, conhecida no meio político como Orcrim.

A acusação foi feita pelo juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira, da 98ª Zona Eleitoral, de Campos dos Goytacazes, que determinou ontem (22) a prisão preventiva dos três e de mais cinco pessoas por envolvimento em operações de caixa 2.
Segundo Oliveira, havia uma estrutura bem determinada, com divisão de tarefas, envolvendo empresários, políticos e secretários de governo do município de Campos durante o período em que Rosinha foi prefeita da cidade, entre 2009 e 2016. Parte das informações foi obtida por meio da colaboração do empresário André Luiz da Silva Rodrigues, dono da empresa Ocean Link Solutions Ltda, que realizou contrato simulado com a JBS para viabilizar o pagamento de milhões à campanha de Garotinho ao governo do Rio de Janeiro em 2014.
O juiz cita o presidente nacional do PR, Antônio Carlos Rodrigues, como beneficiário de propina no valor de R$ 20 milhões, provenientes da JBS, também na campanha de 2014, para garantir apoio da sigla à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff. Em nota, o PR informou que não irá se pronunciar sobre decisões judiciais. Também em nota, o ex-governador Anthony Garotinho disse que a operação mostra que ele vem sofrendo perseguição política e que não tem nenhuma relação com a Operação Lava Jato.
Garotinho foi levado para um quartel do Corpo de Bombeiros, no bairro Humaitá, a pedido da Vara de Execuções Penais (VEP) (ABr).