A exumação do general Francisco Franco, que governou a Espanha entre 1938 e 1973, foi autorizada ontem (17) pela Justiça do país.
O Tribunal Supremo espanhol decidiu negar pedido da família do ex-ditador, que queria paralisar a exumação até que o processo judicial terminasse. Os netos de Franco alegam que a suspensão é necessária para evitar um “dano irreparável” caso a Justiça considere que os restos mortais devem seguir no Valle de los Caídos, onde estão sepultadas vítimas da Guerra Civil Espanhola (1936/1939).
O governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez aprovou em agosto a exumação e deu à família a possibilidade de escolher um lugar para que fiquem os restos. Os netos dele determinaram a Catedral de La Almudena, em Madri, onde a família tem uma cripta. A ideia foi mal recebida pelo governo espanhol que, mesmo sob protestos, afirmou que não poderá impedir que o enterro seja realizado no loca (ANSA).