Lembrada como o Dia Mundial da Criatividade e Inovação, a data (comemorada no dia 21 de abril), tem como objetivo instigar a pensar nestes dois temas de forma disruptiva e que envolva os âmbitos sociais, econômicos e sustentáveis.
Segundo o levantamento realizado com mais 300 empresas pela base de dados da Innoway, 72% das organizações ainda não integraram inovação nas suas culturas e 62% correm o risco de ter uma perda massiva de talentos por não investirem em suas culturas de inovação.
A criatividade e a inovação são pontos fundamentais dentro das organizações, essas características estimulam novas ideias e são capazes de estabelecer a competitividade dentro do mercado de trabalho. Pensando nisso, executivos de diversos setores apontam como as empresas podem ser mais inovadoras.
. – Inovação que valoriza a vida – “Apesar do crescente interesse das empresas em inovação, muitas ainda não adotam uma abordagem séria, especialmente quando se trata de inovação voltada para o bem-estar e a valorização das pessoas. Além de investir em tecnologia e digitalização, é crucial direcionar recursos para projetos que promovam o desenvolvimento pessoal e ofereçam mais oportunidades para os diversos públicos envolvidos.
Ao incorporar estratégias ESG e de inovação que valorizam a vida, por exemplo, essas iniciativas não apenas impactam positivamente o negócio, aumentando sua eficiência, como também abrem portas para a exploração de novos nichos de mercado e oportunidades”, explica César Costa, CEO da Semente Negócios, empresa que desenha soluções de inovação que valorizam a vida.
. – Humanização no atendimento ao cliente – “Por meio de uma metodologia inovadora, nós buscamos transformar a forma como as empresas se relacionam com seus clientes. Acreditamos que o atendimento pode ser muito mais do que apenas responder perguntas, resolver problemas e querer vender a qualquer custo.
Ele pode ser uma oportunidade de criar conexões autênticas, construir relacionamentos duradouros e gerar experiências positivas que encantam e fidelizam”, enfatiza Natália Castan, CEO e fundadora da Unite, ecossistema latino-americano de soluções para o atendimento ao consumidor.
. – Abordagem orientada por dados na inovação – De acordo com Ewerton Mokarzel, CEO e sócio da FutureBrand São Paulo, ecossistema integrado em gestão de marcas e negócios com foco no futuro, no atual contexto, a inovação nos negócios exige uma abordagem orientada por dados. “Antes, o planejamento e a medição de resultados eram suficientes, mas agora entendemos que o acompanhamento contínuo e a visibilidade dos resultados são essenciais.
A velocidade na tomada de decisões alcançou um novo patamar, que se tornou a base para resoluções rápidas e precisas. A análise de diversos aspectos, inclusive aqueles que costumam ser negligenciados, tornou-se crucial. Esses indicadores frequentemente revelam insights valiosos que podem impulsionar os resultados e a eficácia das estratégias”, explica
Além disso, para ele, as empresas estão reconhecendo a importância de serem transparentes e responsáveis pelos seus resultados, utilizando dados. “Isso não apenas reforça a integridade corporativa, mas também constrói a confiança dos stakeholders, sejam eles clientes, investidores ou colaboradores”, finaliza o executivo.
. – Descentralização e comunicação assíncrona para aumentar a inovação – Ronaldo Tenório, CEO e cofundador da Hand Talk, startup pioneira no uso de inteligência artificial para acessibilidade digital, comenta que a inovação é capaz de ganhar força na organização a partir do momento que a liderança passa a descentralizar as informações e permite que os times apresentem novas soluções de acordo com o surgimento de problemas.
“Como muitos executivos já trazem em diversas palestras ao redor do mundo, inovar não é inventar a roda. Ser criativo é pensar por um ângulo diferente, a partir do repertório de cada pessoa, para propor novas alternativas para uma questão. Também, é permitir que os times se sintam confortáveis em compartilhar esse conhecimento internamente.
Logo, implementar novos fluxos de comunicação e permitir que ela seja assíncrona e descentralizada em muitos momentos, pode ser garantir que a empresa seja inovadora no mercado em que atua”, afirma o executivo.