Pix, open banking, operações contactless. A aceleração de meios de pagamentos digitais por conta da pandemia e a implementação do sistema de pagamento instantâneo brasileiro (Pix), aliadas à agenda do Banco Central para estimular a atuação das fintechs, representaram inovações em serviços financeiros em 2020. Diante deste cenário de transformações, a Zoop, fintech líder em tecnologia para serviços financeiros, lança o Relatório de Tendências para 2021, que aponta as 5 tendências do setor.
Com o objetivo de indicar os serviços e inovações em alta, a empresa reuniu grandes nomes do mercado para comentarem o que os brasileiros podem esperar de produtos oferecidos pelas fintechs e instituições financeiras nos próximos meses. Participaram do relatório os especialistas Gustavo Gierun, sócio da Distrito; Andre Calabro, diretor executivo de serviços financeiros da Via Varejo; Bruno Diniz, cofundador da Spiralem; Vitor Magnani, presidente ABO2O; Fernanda Ribeiro, cofundadora da Conta Black; e Leiziane Oliveira, coordenadora da área regulatória da Zoop.
Fabiano Cruz, CEO da Zoop, comenta a relevância do relatório para o setor. “Reunimos grandes especialistas para indicar alguns caminhos que serão fortalecidos no mercado financeiro em 2021, visando ajudar outras fintechs e empresas a olharem para novas direções e possibilidades neste ano”, reforça o executivo.
Conheça as principais tendências apontadas por eles:
- Open Banking e Open Finance: Novos serviços e mais competição, a partir de dados do cliente – Uma das expectativas indicadas pelos especialistas é relacionada ao Open Banking e ao Open Finance, muito discutidos em 2020, quando o Banco Central do Brasil apresentou a regulamentação desse sistema financeiro aberto, além do seu calendário de implementação. Essa medida garante o compartilhamento de dados e do histórico bancário mediante autorização do cliente, que tem liberdade de escolher de qual instituição ou empresa vai consumir determinado produto ou serviço, sem ter que começar um relacionamento do zero.
Da parte das empresas, há maior conhecimento do perfil dos clientes e, com isso, elas conseguem oferecer soluções mais pontuais às suas necessidades. Dessa forma, o open banking permitirá que as grandes inovações em serviços financeiros sejam originadas fora da indústria bancária, com a entrada e fortalecimento de big techs e fintechs no mercado.
- Embedded finance: Toda empresa poderá ser uma fintech – Outra forte tendência para o ano é o embedded finance, um termo usado para indicar a oferta de serviços financeiros por empresas que não têm o seu DNA nesse setor, tais como o varejo, bigtechs, entre outras. A aceleração dessa tendência é resultado da solução de Banking as a Service oferecida por fintechs, que permitem que companhias de diversos segmentos criem seus próprios bancos e contas digitais, por exemplo.
A adesão dos grupos varejistas e outras grandes empresas de bens de consumo aos serviços financeiros os coloca em uma posição bastante privilegiada na disputa por novos clientes, se comparados aos bancos tradicionais. Isso porque as empresas conhecem melhor seu público e, geralmente, já têm uma reputação bastante sólida perante as classes econômicas C, D e E, fundamental para quem pretende gerenciar dinheiro de terceiros. Com o oferecimento de serviços financeiros, elas fortalecem o relacionamento com os clientes, aprimoram seus serviços e criam outras fontes de receita.
- Tendências para métodos de pagamento: o dinheiro será cada vez mais digital – Outra tendência destacada pelos especialistas é o uso mais amplo de produtos financeiros digitais, como carteiras digitais, Pix e pagamento por aproximação, que foi fortemente acelerado pela necessidade de isolamento social. Devido à pandemia do coronavírus, muitas pessoas realizaram compras virtuais ou precisaram movimentar contas bancárias pela primeira vez.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, nos três primeiros semestres de 2020 foi registrado R?1,38 trilhão em pagamentos digitais, valor 8,1% superior ao mesmo período do ano anterior. Parte desse movimento de adesão aos meios digitais de pagamentos ocorreu devido ao pagamento do Auxílio Emergencial, por meio do aplicativo Caixa Tem. Para muitos brasileiros, especialmente consumidores de baixa renda, a solução representou o primeiro contato com as carteiras digitais.
- Registro de recebíveis: mais competitividade no crédito baseado em antecipações – A quarta tendência indicada por especialistas é a competitividade gerada pela nova regulamentação do Banco Central sobre o registro de recebíveis de cartões de pagamento, que entra em vigor a partir de 17 de fevereiro. O recebível é a receita que um lojista tem a receber com as vendas realizadas por meio de cartão de crédito ou de débito.
Com a nova regra, os lojistas poderão acessar, de forma mais segura, empréstimos garantidos por esses recebíveis ou mesmo vendê-los no mercado. Além de aumentar a oferta de crédito às empresas, outro resultado da nova regulamentação será a maior competitividade entre as instituições financeiras que pretendem oferecer os empréstimos, o que deve resultar em condições melhores para os tomadores de empréstimos.
- A tecnologia a favor da inclusão dos desbancarizados – A última tendência aponta um novo caminho de inovações e soluções voltadas às pessoas desbancarizadas. Segundo o Banco Central, 175,4 milhões de pessoas têm algum tipo de relacionamento bancário. Porém, grande parte das contas consideradas não é efetivamente utilizada e ainda há muitas pessoas sem acesso aos serviços financeiros.
A criação do Caixa Tem na pandemia, que resultou na bancarização de 9,8 milhões de pessoas, reforça esse cenário. Para promover mudanças, é necessário utilizar a tecnologia como ferramenta para a inclusão bancária. Os especialistas ressaltam a importância de criar serviços bancários para atender a população de menor renda de forma justa, simples e transparente, promovendo inclusão financeira e social.
Fonte e mais informações: (www.zoop.com.br).