Pelo menos três empresas, sendo a companhia aérea Delta, a consultoria Bain & Company e o jornal Financial Times, desistiram de patrocinar o evento Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos que homenageará o presidente Jair Bolsonaro como “Pessoa do Ano”.
A premiação está prevista para ser realizada no próximo dia 14, em Nova York.
O novo local foi escolhido depois que o Museu de História Natural da cidade cedeu às pressões de ativistas e funcionários para revogar a cerimônia. A decisão foi tomada porque uma homenagem a Bolsonaro seria “uma mancha na reputação” da instituição. De acordo com a emissora norte-americana CNBC, a Delta e o Financial Times ainda não comentaram sobre a desistência. Mas a consultoria Bain & Company ressaltou que “encorajar e celebrar a diversidade é um princípio fundamental” da companhia.
A declaração faz referência às declarações ‘homofóbicas, racistas e misóginas’ do presidente brasileiro. A medida é vista como um dano a imagem de Bolsonaro, que está cortejando seu homólogo norte-americano, Donald Trump, na tentativa de atrair investimentos estrangeiros. No entanto, vários outros patrocinadores, incluindo grandes bancos, decidiram manter o patrocínio do evento, que é realizado desde 1970.
Em comunicado, segundo a Bloomberg, o UBS afirmou que o banco irá participar do jantar porque já faz isso há mais de 12 anos, com “objetivo de promover o comércio” entre as duas nações. Outras empresas como Credit Suisse, JPMorgan, Citigroup e BNP Paribas, não aceitaram comentar a polêmica. Já o HSBC, Bank of America Merrill Lynch e Morgan Stanley, que também estão na lista, não se pronunciaram (ANSA).