Na contramão das demissões em massa, a Winclap, empresa de tecnologia voltada para soluções de crescimento, criou a inédita cultura de e-company, onde o “e” não se refere ao “eletrônico”, comum à área de tech, mas sim, ao “existencial”.
“Uma e-company é regida pela ideia de que empresas são para pessoas e não pessoas para empresas”, explica Bruno Rova, Chief Humanity Officer (CHO) da Winclap. “Implica em recuperar o protagonismo da vida privada que não pode ficar isenta do impacto que deve ter na vida das pessoas, nas cidades e nas culturas”, diz.
Seguindo essa lógica, a Winclap, presente no Brasil há cerca de 2 anos e também em países como Argentina, Espanha, Estados Unidos e México, não exige no currículo de seus funcionários a formação acadêmica. Para a empresa, o que importa são as chamadas soft skills – experiências vividas, cursos, vivências pessoais e profissionais, e traços de personalidade de cada indivíduo.
A Winclap também dá liberdade aos funcionários para trabalhar de onde quiserem e não é raro ver os Clappers (como são chamados os profissionais) trabalhando em diversos escritórios ao redor do mundo como o WeWork de Paris ou de Barcelona, por exemplo. As férias são ilimitadas e podem ser tiradas quando e como o colaborador preferir, sem necessidade de completar 1 ano na empresa ou de tirar períodos fixos de tempo.
Enquanto as empresas em geral possuem em média 2% (HR Trends – propay) do seu time voltado para RH, a Winclap tem em sua composição cerca de 10% da força de trabalho diretamente ligada a essa área. Além disso, outros 8% das pessoas têm uma função no desenvolvimento pessoal e profissional dos demais colaboradores com sessões quinzenais de trabalho, focando na constante evolução individual.
. Ouvir os colaboradores é fundamental para uma empresa existencial – O We Care – o programa de desenvolvimento espiritual e pessoal da Winclap – envolve um minucioso processo de formação e treinamento de colaboradores para criação de grupos de mentores e conselheiros. Dessa forma, todos os colaboradores participam do sistema, seja como mentores ou mentorados.
Bruno Rova, o CHO, é o líder por trás da implementação do programa que tem mais de 200 horas de reuniões por mês. Como Chief Humanity Officer, Rova tem como foco que a empresa tenha três pilares: físico, mental e espiritual. “Com isso, tudo o que fazemos, deve fazer sentido para a pessoa, para a equipe e para o mundo”, ressalta Rova. “Meu papel é garantir que todas as ações, decisões e escolhas sejam pautadas pelo espiritual, desde remuneração, reconhecimento e valores até as estratégias de projeto”, explica.
. Salário emocional – Empresas devem ir além da remuneração monetária e ajudar os colaboradores a dar sentido às suas vidas. Uma pesquisa de setembro de 2022 da GoAhead (consultoria de RH) descobriu que 48% dos profissionais querem um ambiente corporativo saudável e emocionalmente estável e 57% dos profissionais brasileiros valorizam também benefícios como programas de saúde mental.
Os valores das empresas “batem” apenas para 8% das pessoas. 29% sabe que a empresa tem valores, mas não os vê sendo aplicados nas decisões ou no dia a dia. 46% gostam do lugar que trabalham e 17% só trabalham no lugar porque o salário é bom. 9% consideram o ambiente totalmente tóxico, mas não têm opção. O trabalho deve ser estimulante e não apenas uma compensação financeira.
O projeto comum que uma empresa representa também deve estar alinhado com a história de vida e as necessidades de uma pessoa. “Que a empresa seja como uma escola de vida e seja uma instância promotora da pessoa; a vida privada não deve ser separada do trabalho”, afirma Rova. “Somos seres humanos que contribuem para um projeto e empresas verdadeiramente conscientes devem ver seus colaboradores como seres humanos e não apenas como seres produtivos”.
. Primeiro passo para uma e-company – O primeiro passo para se tornar uma empresa existencial é ouvir seus colaboradores para saber o que está acontecendo. “Espaços significativos devem ser criados a partir da escuta e começar a construir respostas a partir do que a equipe precisa. As pessoas não são um número e podem criar seus próprios ambientes de trabalho”, disse.
Rova também mencionou que é fundamental que os líderes empresariais — sendo tomadores de decisão — tenham essa mentalidade de escuta. Se as decisões forem tomadas sem perceber a realidade do outro, sem vínculo com os colaboradores, nada de produtivo será alcançado.
Para Flávio Levi, diretor comercial da Winclap no Brasil e Latam, a cultura de e-company na vida do time brasileiro se encaixa com perfeição. “O brasileiro é por natureza muito mais amante da sua vida privada do que da profissional.
As maiores dores de quem trabalha excessivamente têm a ver com a frustração de não construir uma história de vida completa. É a primeira vez que atuo em uma empresa de tecnologia com esse propósito e estou extremamente satisfeito por aqui”, diz. – Fonte e mais informações: (https://winclap.com/).