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Employee Experience Design and Analytics e seu impacto nos resultados

em Destaques
segunda-feira, 02 de maio de 2022

Elenise Rocha (*)

Employee Experience Design and Analytics tem sido destacado por diversas pesquisas como uma das principais tendências dentro das estratégias de Gestão do Capital Humano. O uso de Analytics na Gestão de Pessoas (People Analytics) oportuniza alinhar recursos necessários em termos de tecnologia, pessoas e processos.

Esse alinhamento, durante a jornada profissional do colaborador, é essencial para gerar uma melhor experiência. A última pesquisa da Deloitte sobre Tendências Globais de Capital Humano mostrou que 59% dos líderes de Recursos Humanos e de Negócios não se consideram “prontos” para enfrentar o desafio de melhorar a experiência dos seus funcionários.

Complementarmente, o futurista Jacob Morgan analisou 252 empresas e compilou seus estudos no livro intitulado “The Employee Experience Advantage”, onde destacou que apenas 6% das empresas participantes investiam em Employee Experience.

People Analytics pode ajudar as empresas a entenderem o que faz com que as pessoas: participem, tenham bom desempenho, permaneçam na organização, sejam bem-sucedidas e ainda quais motivos as fazem se sentir atraídas pelas oportunidades que são oferecidas.

Ainda assim, segundo pesquisas da Employee Benefits and Equiniti, apenas 3 em cada 10 RHs usam People Analytics atualmente para calcular o custo, o ROI e o impacto das recompensas e benefícios. Segundo um artigo da Harvard Business Review, 71% dos CEOs afirmam que o capital humano é uma fonte importante de vantagem competitiva.

. Como Employee Experience pode ser alinhado ao People Analytics? – A análise da experiência dos funcionários está diretamente correlacionada às ações de People Analytics. Ao mapear as experiências coletivas, identificam-se as melhores ações para serem aplicadas no nível individual.

A jornada da experiência do funcionário permite que a organização avalie desde antes do seu ingresso até o último dia de trabalho. Com efeito, uma boa experiência do funcionário impulsiona uma boa experiência do cliente, além de ter um impacto significativo nos resultados do negócio.

. E como medir o Employee Experience? – Utilizando o People Analytics. Para Jacob Morgan, para melhorar a experiência dos funcionários, as empresas com visão de futuro devem criar uma equipe de People Analytics responsável pelo gerenciamento dos dados dos funcionários, incluindo salário, níveis de envolvimento, estruturas de equipe, demografia, níveis de desempenho e formação educacional.

A principal tarefa desta equipe consiste em analisar consistentemente esses dados e sugerir ações com base em suas descobertas. Por exemplo, a equipe pode encontrar uma correlação entre tournover dos funcionários e como eles se realizam através do trabalho, o que poderia levá-los a perceber que a baixa motivação de uma determinada área é a causa subjacente do desempenho insuficiente.

Um ponto muito importante é que as organizações, provavelmente, já tenham as pessoas com as habilidades necessárias para fazer parte de uma equipe de People Analytics, e essa equipe, à princípio, pode ser considerada parte do RH. Porém, à medida que a equipe cresce e evolui, pode se tornar independente da área.

. Como comprovar a importância de se desenvolver Employee Experience Design and Analytics nas organizações? – Segundo artigo da KPMG, é comprovado que uma vez que a experiência seja eficiente, coesa e rica, gera engajamento dos funcionários, contribui para o orgulho, atrai e retém talentos.

Essas percepções devem ser usadas para melhorar os principais atributos dos estágios do ciclo de vida do funcionário, desde o processo de aquisição, integração, treinamento, orientação profissional e feedback de desempenho, tornando a organização mais inteligente, autêntica e precisa nas suas decisões.

Um relatório publicado pela IBM e pela Globoforce intitulado “O impacto financeiro de uma experiência positiva do funcionário” confirma o que a maioria dos profissionais de RH reconhece há anos: que há uma forte ligação entre a experiência do funcionário e os resultados financeiros da organização. O estudo incluiu mais de 22.000 trabalhadores em 45 países e territórios.

Entre suas principais descobertas está o fato de que as organizações que mais investem em Employee Experience reportaram obter quase três vezes o retorno sobre os ativos e dobraram o retorno sobre as vendas.

. E na prática, por onde começo? – Trabalhe os líderes e gerentes para que produzam mudanças positivas e mensuráveis, envolvendo a experiência holística dos funcionários;

  • Avalie o ciclo de vida completo e diário de um funcionário, encontre os momentos que importam nessa jornada e canalize seus esforços em melhorá-los; – – Considere um primeiro passo reavaliar o processo de integração dos novos colaboradores;
  • Avalie as práticas no local de trabalho e em nível de toda a organização;
  • Considere que a experiência do funcionário é diferente para diferentes partes/áreas da organização;
  • Crie mais pontos de contato para gerar diálogo contínuo com os funcionários e acelerar a medição de eventos essenciais da sua jornada;
  • Desenvolva a mentalidade ágil, compreendendo melhor o vínculo entre o que os funcionários estão vendo, pensando, falando e fazendo;
  • Adote uma estratégia para medir eventos com maior frequência.

Nos próximos anos veremos muitas organizações utilizando Employee Experience Design and Analytics. Desta forma, o RH poderá desempenhar um papel ainda mais significativo, ajudando a desenvolver a cultura, pessoas, processos e tecnologias alinhadas às estratégias do negócio.

(*) – É Diretora da Rb Learning, Gamification Researcher, Facilitadora da Metodologia Lego® Serious Play® e especialista em Educação Corporativa, E-learning, Gamificação, Gestão Estratégica do Conhecimento, Gestão Estratégica de RH e Ambientes Virtuais de Aprendizagem.