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Em evento com ruralistas, Maia defende revisão da lei do desarmamento

em Destaques
quarta-feira, 09 de maio de 2018

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pré-candidato à Presidência da República, aproveitou sua participação em um evento com representantes do agronegócio para defender o “direito individual” de porte ou posse de armas de fogo.

Durante almoço na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, Maia defendeu mudanças na Lei do Desarmamento e disse que está pronto para enfrentar o assunto.
“Eu acho que está chegando o momento em que a gente vai discutir, conciliar um texto, onde a gente tire a discricionariedade (poder de decisão sobre a liberação da arma) da mão da Polícia Federal”, comentou Maia. “As regras precisam ser duras para que cada um possa ter o porte ou posse da arma, mas depois que cada cidadão que demanda a posse ou porte da arma cumprir as regras da lei, não pode ser uma decisão individual, de um delegado de polícia de um Estado, cumprir a lei e outro não cumprir.”
Segundo Maia, o País deve ainda passar por um recadastramento de portes. “Eu acho que já está ficando madura a possibilidade de um recadastramento, de retirar a discricionariedade, e ver de que forma a gente consegue, de fato, ter uma lei que garanta ao indivíduo um direito que qualquer País do mundo tem”. Não se trata de “aprovar uma lei que seja uma coisa muito flexível” e que “transfira ao indivíduo uma responsabilidade que é do Estado”, mas sim de reconhecer “um direito individual que precisa ser respeitado”. As mudanças na Lei do Desarmamento estão entre as demandas que os ruralistas apresentaram a Rodrigo Maia.
O presidente da CNA, João Martins, entregará o documento ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. O levantamento traz 12 propostas para o combate à violência no campo, as quais se concentram em medidas para ampliar o policiamento nas zonas rurais do País, além de pedir metas de redução da violência e um conjunto de leis que tramitam no Congresso para reduzir as ocorrências (AE).