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Eletrobras: privatização é um meio de ampliar recursos

em Destaques
terça-feira, 10 de dezembro de 2019

As eleições municipais de 2020 não devem influenciar na tramitação do projeto que trata da privatização da Eletrobras, de acordo com o presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior. Ele reforçou a expectativa de que o projeto seja aprovado no primeiro semestre do ano que vem e defendeu a privatização como forma de ampliar os investimentos no setor energético.

O projeto foi enviado pelo governo federal ao Congresso no mês passado. Entre outros pontos, a proposta estabelece que o processo de desestatização será executado por meio de uma operação de aumento do capital social da empresa, com a venda de novas ações ordinárias, que são as ações que dão direito a voto, em bolsa de valores.

Com isso, a participação da União no capital social da estatal será diluída e ela deixará de ser a acionista majoritária. A União possui 51% das ações ordinárias da empresa. Ao final do processo, nenhum acionista privado poderá ter mais de 10% do capital votante da Eletrobras. O projeto permite ainda que a empresa realize uma segunda oferta de ações de propriedade da União. A privatização não atingirá a Eletronuclear.

De acordo com o presidente, a empresa precisa de mais investimentos para que possa crescer. A saída encontrada é o investimento privado. “O que eu sempre digo é: o que se quer de uma empresa dessas que trabalha na área de energia? Quer que empregue gente ou que invista e empregue muito mais gente?”, enfatiza. A empresa controla cerca de 230 usinas hidrelétricas, 70 mil km de linhas de transmissão e responde por um terço da geração de energia elétrica do país (ABr).