O resultado das eleições na Venezuela, onde a oposição ganhou por larga maioria as cadeiras do Congresso, foi “bem visto” pelo governo brasileiro.
A avaliação do Planalto é de que o resultado afasta os temores de interferência do governo de Nicolás Maduro nas urnas. Também enfraquece a tese do novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, que desejava acionar a cláusula democrática do Mercosul, alegando que Maduro estaria perseguindo opositores.
Ontem (7), a futura chanceler de Macri, Susana Malcorra, em entrevista a uma rádio local, informou que o resultado das eleições em Caracas fez com que o futuro governo argentino revisse seu plano de pedir a suspensão da Venezuela no Mercosul já que a diferença de votos foi significativa e o presidente Maduro reconheceu a derrota.
A presidente Dilma Rousseff, ao ser questionada sobre como recebeu a vitória dos oposicionistas na Venezuela, foi lacônica ao dizer apenas que “respeita o resultado democrático (das eleições)”. Diante da insistência se ela pretendia falar com Maduro para prestar solidariedade, a exemplo do que fez o presidente cubano, Raúl Castro, a presidente não respondeu, mas fez um gesto sugerindo que não via sentido em telefonar para o venezuelano (AE).