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Eficiência operacional e o caminho para a competitividade

em Destaques
segunda-feira, 22 de abril de 2024

Marcelo Torres (*)

Imagine-se navegando em um oceano de desafios empresariais, onde cada onda traz consigo a concorrência acirrada e as exigências implacáveis do mercado. Nesse cenário tumultuado, a busca pela eficiência operacional se revela como um farol de esperança, uma âncora que assegura sua empresa no mar agitado da competição. É por meio desse caminho que se pode não apenas sobreviver, mas também prosperar.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), 68% das empresas brasileiras consideram a eficiência operacional como um dos principais desafios a serem superados. Mas apenas 32% delas possuem um programa formal de gestão da eficiência operacional, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ingrediente essencial para o sucesso empresarial, a cada 1 reais investido em eficiência operacional, as empresas brasileiras obtêm um retorno médio de 3,20 reais segundo a CNI. Empresas com alta eficiência operacional têm 5 vezes mais chances de lançar novos produtos e serviços no mercado com sucesso e a otimização dos processos pode gerar uma economia de custos de até 30%.

Mais do que apenas uma métrica fria, a eficiência operacional é o coração de uma organização que deseja operar de forma inteligente e eficaz. É a capacidade de otimizar recursos, maximizar a produtividade e entregar resultados de qualidade que verdadeiramente definem o sucesso nos negócios.

Contudo, não se pode ignorar as dores enfrentadas pelas empresas em meio a esse turbilhão de desafios. A desaceleração econômica, a pressão por resultados e a necessidade de se reinventar constantemente são apenas alguns dos obstáculos que é necessário superar. E é aqui que entra a eficiência operacional, como uma bússola que guia por meio das tempestades e ajuda a encontrar o caminho para águas mais tranquilas.

Os três pilares essenciais para alcançar a eficiência operacional: pessoas, tecnologia e processos – desempenham papéis interligados e complementares nesse processo de otimização.

Em primeiro lugar, a tecnologia desempenha um papel crucial na automação de tarefas repetitivas e na otimização de processos. A implementação de sistemas inteligentes e soluções tecnológicas avançadas permite realizar atividades de forma mais rápida, precisa e eficiente.

Tarefas como checagem de planilhas e processamento de dados, por exemplo, podem ser executadas por sistemas automatizados, liberando tempo e recursos humanos para atividades mais estratégicas e de maior valor agregado.

Além disso, os processos internos devem ser constantemente revisados e aprimorados para garantir uma operação eficiente. Identificar gargalos, eliminar redundâncias e simplificar fluxos de trabalho são medidas essenciais para aumentar a eficiência operacional e promover uma cultura de melhoria contínua dentro da organização.

No entanto, não basta apenas investir em tecnologia e processos. Precisamos também investir nas pessoas que fazem parte da equipe. Com educação e capacitação é possível equipar os colaboradores com as habilidades necessárias para enfrentar os desafios do mundo empresarial moderno. Mais do que apenas funcionários, eles se tornam verdadeiros parceiros na jornada, contribuindo com ideias e esforços para alcançar objetivos comuns.

Assim, ao adotar uma abordagem holística que integre os pilares de tecnologias, processos e pessoas, pode-se navegar com sucesso pelo oceano da competição empresarial.

Não apenas sobreviveremos às tempestades que surgem em nosso caminho, mas emergiremos mais fortes e resilientes do que nunca. Pois, em tempos de dificuldades, a verdadeira medida de uma empresa é sua capacidade de se adaptar e prosperar. E com a eficiência operacional, podemos fazer exatamente isso.

(*) COO da Kakau Tech – empresa que desenvolve soluções de tecnologia B2B – e da Kakau – seguradora e plataforma digital que utiliza a tecnologia de inteligência artificial para entregar resultados mais precisos no segmento de seguros.