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Educação financeira pode estar entre as atividades de jovens e crianças

em Destaques
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

O início do ano é sempre marcado pelas férias escolares, que normalmente duram até o dia 31 de janeiro. Nesse período jovens e crianças ficam distante das salas de aula, passando mais tempo em casa e com seus familiares. Durante o recesso, os responsáveis sempre buscam atividades para mantê-los ocupados e entretidos.

A educação financeira pode fazer parte desta rotina, principalmente, quando olhamos para o futuro das crianças e adolescentes. O mapa de inadimplência do Serasa apontou que, em novembro do ano passado, mais de 71,81 milhões de pessoas estavam com nome restrito, entre os endividados, 12,1% têm idade até os 25 anos.

A presença desses jovens na lista preocupa, e uma das explicações pode ser a falta de conhecimento para administrar suas próprias economias. “Ao ter o primeiro trabalho e ganhar os primeiros salários, muitos jovens não sabem como gastar, economizar ou investir para ter uma vida econômica equilibrada. A falta de orientação no contexto econômico e social brasileiro pode resultar em diversos problemas, como as dívidas.

Pensando no futuro desses jovens e na economia do país, é muito importante que a educação financeira faça parte do dia a dia desde cedo, ainda na escola primária”, explica Túlio Matos, co-fundador e CEO da iCred, fintech especializada em facilitar o empréstimo consignado. Para o executivo, a educação financeira deve estar inserida desde a infância. Seja na escola ou em casa, com a ajuda dos familiares, é possível que os futuros jovens tenham, aos poucos, o contato com o mundo financeiro.

“A ideia não é ensinar todo o universo da economia, mas o básico para poderem gerir suas finanças pessoais quando tiverem contato com alguma renda e não passarem por tantas dificuldades quando crescerem”, completa Túlio. Já faz algum tempo que a educação financeira nas escolas está entre os debates políticos do país. Em 2021, o MEC, junto à Comissão de Valores Mobiliários e o Sebrae, criaram a Estratégia Nacional de Educação Financeira, com o intuito de capacitar 500 mil professores na disciplina para ensinar mais 25 milhões de alunos?dos ensinos fundamental e médio.

Os cursos de formação são onlines e gratuitos. Além disso, existem outras iniciativas, como a do Banco Central, que criou o programa Aprender Valor, já em amplo funcionamento em alguns estados.

Ainda para o especialista, o processo de inserir a educação financeira na vida dos jovens deve acontecer de forma natural, seja nas escolas, por meio de disciplinas como a matemática — incluindo situações do cotidiano, avaliações de preços, conferência de trocos, objetivo da poupança, entre outros conteúdos simples —, ou em casa, com a colaboração e o empenho dos familiares.

“Os responsáveis são as primeiras referências das crianças, então tudo que fizerem será observado. Para os menores, a economia pode ser introduzida por meio de jogos lúdicos, como Banco Imobiliário, além de livros e vídeos educativos. Para os adolescentes e jovens, serão úteis conversas sobre as finanças da família, desestimulando o consumo excessivo.

Se for viável, mesadas também podem ensinar na prática a administrar o orçamento. Já que muitos passam bastante tempo conectados, eles também podem utilizar a tecnologia em seu favor”, conclui. – Fonte e mais informações: (https://icred.digital).