O ministro da Secretaria da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, disse que não vê ilegalidade na liberação de emendas parlamentares pelo governo federal, feita antes da votação da reforma da Previdência.
Explicou que existem as emendas parlamentares impositivas, em que o governo é obrigado a destinar os recursos para o projeto indicado pelo deputado ou senador, e as não impositivas, que são os recursos que a União tem para serem distribuídos, “que podem ser liberados em um momento crucial ou posteriormente”.
Sobre as críticas de que a liberação de emendas é um recurso da velha política do “toma lá, da cá”, Ramos disse que “não existe nova ou velha política, política é política”, e que as críticas são feitas para dividir e “gerar calor” no momento. “É o processo democrático”, explicando que era prática de governos passado, mas que agora está tudo “transparente, ninguém escondeu”.
Ramos disse hoje que se reuniu com as bancadas evangélica e do agronegócio, mas que ainda está inciando o trabalho de articulação política e não está “com intenção de construir base” para o governo no Congresso. “Me sinto privilegiado em ser a ponte entre Executivo e Legislativo”, disse. “Vou buscar intensamente o diálogo.”
Sobre a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro nomear seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), embaixador do Brasil nos Estados Unidos, o ministro disse que Bolsonaro tem esses momentos em que manifesta suas intenções, mas que é preciso aguardar os acontecimentos. “É direito manifestar suas intenções”, disse. O presidente Jair Bolsonaro disse que vai esperar o momento certo para decidir se vai indicar ou não o filho Eduardo para o cargo (ABr).