As obras de duplicação da ferrovia Campinas-Santos, iniciadas em 2011, entraram em sua reta final e os trechos duplicados vêm sendo gradualmente liberados para o tráfego ferroviário, informou em nota a Rumo, concessionária de ferrovias responsável pelo empreendimento.
Com o fim das obras, a capacidade da ferrovia poderá aumentar 3,5 vezes, de 2 milhões para 7 milhões de toneladas por mês.
O projeto, que absorve investimento de R$ 730 milhões, abrange a construção de segunda via em 204 km dos 264 da ferrovia Campinas-Santos. Cerca de 19 km cortam regiões de relevo acidentado e continuarão sendo percorridos em linha simples, e outros trechos foram duplicados antes das obras executadas nos últimos cinco anos. A última fase da duplicação refere-se a 38 quilômetros distribuídos em dois trechos, o de Embu-Guaçu a Evangelista e de Paratinga a Perequê (na região de Cubatão). Uma obra de 2,5 km, no entorno de Cubatão, encerrou a construção ferroviária em junho.
Os investimentos continuarão com a construção de quatro passarelas, muros de segurança e nove viadutos para eliminação de cruzamentos com ruas. A ferrovia Campinas-Santos corta 16 municípios e, para a duplicação, foram construídos um túnel e 35 pontes e viadutos. Em 2015, 53% do volume transportado pela Rumo, ou 24,9 milhões de toneladas, correspondeu a milho, soja e farelo de soja. A empresa projeta que o transporte de grãos deve aumentar 85% em dez anos, de 15 milhões de toneladas em 2015 para 28 milhões de toneladas em 2025 (AE).