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Diretor do BC: já é possível sentir “certo alívio” na inflação

em Destaques
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Viana, considera que a população já sente a redução da inflação no dia a dia, principalmente, nos preços de alimentos.

Para ele, já é possível sentir “certo alívio”, com aumento do poder de compra dos trabalhadores. Viana apresentou ontem (22), em Brasília, o Relatório de Inflação do quarto trimestre do ano. No documento, o BC projeta o IPCA em 6,5%, no limite da meta de inflação para 2016. A nova estimativa está 0,1 ponto percentual abaixo da divulgada em setembro (6,6%).
A meta de inflação tem como centro 4,5% e limite superior de 6,5% neste ano. Para 2017, o teto é 6%, mas a projeção do BC indica inflação no centro da meta (4,5%). A estimativa para 2017 é 4,4%. Em 2018, a expectativa é de inflação ainda mais baixa: 3,6%. Viana disse que o BC foi surpreendido positivamente com as taxas de inflação. “Claramente passamos a ter um comportamento mais favorável da inflação de alimentos”, afirmou.
Viana disse, também, que o Copom, responsável por definir a taxa básica de juros, vai analisar o resultado “com toda calma” para tomar sua decisão nos dias 10 e 11 de janeiro. “O indicador vai se incorporado ao conjunto de informações que o Copom considera nas suas reuniões”, acrescentou.
Diante da recessão econômica e da melhora na inflação, o BC tem sinalizado que pode intensificar o corte da Selic. Viana, disse ainda que as reformas estruturais das contas públicas são relevantes e consideradas nas projeções do BC. Ele citou a proposta que limita os gastos públicos e a reforma da Previdência como questões de “primeira ordem” (ABr).