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Diploma versus Soft Skills: qual deve ser a prioridade das empresas?

em Destaques
quinta-feira, 14 de março de 2024

Não é de hoje que as empresas têm se perguntado se o diploma é realmente o único caminho para estruturar uma equipe de sucesso. Grandes organizações como Google, Delta Air Lines e IBM, são alguns exemplos de companhias que já avaliam informações complementares, e que vão além do desempenho acadêmico, na hora de contratar.

Esse novo comportamento pode estar diretamente relacionado ao cenário de escassez de talentos: 80% dos empregadores brasileiros reportam dificuldade em preencher as vagas que precisam, de acordo com a pesquisa sobre escassez de talentos, do ManpowerGroup Brasil.

Um outro levantamento, realizado pela Gallup, mostrou que apenas 11% das lideranças concordam que os graduados do ensino superior têm as competências necessárias para trabalhar em suas empresas.

Ou seja, fica cada vez mais claro que a formação, apesar de muitas vezes necessária, não é fator crucial para uma carreira de sucesso. O que vai ser realmente determinante é a aprendizagem ao longo da vida.

Não à toa, uma saída para esse problema, de acordo com 82% das empresas entrevistadas pelo ManpowerGroup, foi tomar a frente e investir no desenvolvimento dos colaboradores contratados.

“Esse investimento dever ser prioridade das empresas no momento. É importante que as organizações invistam em conhecimento, para que os profissionais tenham a bagagem necessária para enfrentar as contínuas transformações do mercado de trabalho e se adaptem às novas tendências.

Embora os diplomas sejam relevantes, quando falamos em aprendizado contínuo, são as softs skills que podem fazer a diferença para o desenvolvimento de uma equipe”, declara Wilma Dal Col, diretora de Gestão Estratégica de Pessoas e porta-voz do ManpowerGroup Brasil. Essas habilidades sociais e comportamentais definem como o profissional lida com o trabalho, com os colegas e consigo mesmo.

No Brasil, por exemplo, as cinco skills mais procuradas pelas empresas são resiliência e capacidade de adaptação (34%), raciocínio e solução de problemas (34%), tomada de iniciativa (31%), colaboração e trabalho em equipe (31%) e confiabilidade e autodisciplina (31%), ainda conforme a pesquisa do grupo. Contratar e promover colaboradores pensando nesses atributos e com base no potencial que pode ser alcançado, é benéfico para ambos os lados.

Os profissionais têm mais oportunidade de crescimento na carreira e as empresas conseguem resolver o gap da crescente demanda por talentos, bater suas metas de produtividade, aumentar a competitividade e implementar diversidade no local de trabalho.

“Olhar o indivíduo como um todo, não só as suas competências técnicas, é essencial. Isso porque conseguimos compreender os seus objetivos de médio e longo prazo, se os seus valores e princípios estão alinhados com os da empresa e também, onde ele é capaz de chegar, o que é muito importante quando falamos de desenvolvimento e retenção de talentos”, comenta Wilma.

E, apesar das soft skills serem atribuições essencialmente pessoais, é possível incentivar a equipe a desenvolvê-las, por meio de monitorias, feedbacks e oferta de cursos para desenvolvimento pessoal e profissional. Com isso, ao longo da trajetória na empresa, o profissional pode desenvolver mais habilidades.

“Apesar de contar com o apoio da companhia e dos gestores, que enriquecem a jornada, o desenvolvimento das soft skills é um trabalho individual, que fica marcado para o resto da vida na carreira, levando o profissional a encarar os desafios e dando recursos para tomar decisões.

É um processo fundamental para o sucesso no trabalho e requer prática quase que diária”, conclui a diretora. – Fonte e outras informações: (https://www.manpowergroup.com.br).