118 views 6 mins

Demissão silenciosa: qual é a responsabilidade de cada um?

em Destaques
sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

A demissão silenciosa é um fenômeno que se tornou viral em alguns países, graças às redes sociais. O que realmente foi feito foi nomear algo que sempre existiu: pessoas que pouco a pouco deixam de dar os seus 100% no trabalho.

Mas, quem é o responsável? A empresa ou os próprios trabalhadores? Depende a quem perguntar, eles te dão uma versão ou outra. A verdade é que, como dizem: ninguém é tão bom, ninguém é tão ruim.

“Este comportamento não é algo novo, sempre houve trabalhadores desmotivados. No entanto, a maior preocupação é que, apesar de querer ser menos produtivo no trabalho em minoria, a demissão silenciosa é cada vez mais um ato subconsciente alimentado por frustrações no local de trabalho”, afirma Fabiano Kawano, Diretor da Robert Walters Brasil.

A solidariedade que podemos sentir perante um trabalhador em burn out por diferentes razões, que não faz bem o seu trabalho, transforma-se em raiva quando somos nós que sofremos com esta incompetência. Por outro lado, algumas empresas não podem ou não querem suportar o custo do aumento dos salários, de acordo com a taxa de inflação.

Alguns trabalhadores mais jovens podem se sentir mal pagos pelo seu cargo devido ao aumento do custo de vida, pelo que muitos deles não estão dispostos a fazer mais do que a sua descrição do trabalho diz e são inflexíveis, resultando em danos para os outros. As empresas têm a chave?

Para a Robert Walters, a solução é clara. Perante o novo mundo do trabalho, os líderes e organizações que não se adaptam podem enfrentar elevados níveis de volume de negócios. Ouvir as equipes, aprender sobre a contratação de tendências e adotar estratégias de talento de sucesso é a única forma de uma empresa se manter competitiva e atrativa para os profissionais.

“É fácil para os gestores pressionarem os membros da equipe quando a produtividade diminui. Mas se não conhecerem a razão desta desmotivação, a demissão silenciosa pode se tornar um movimento silencioso que tem um efeito prejudicial na produtividade e viabilidade do negócio. Da mesma forma, a influência destas pessoas nos seus pares pode causar um efeito Dominó perigoso, acrescenta Fabiano.

Quais são os motores da demissão silenciosa?

• – O burnout – A síndrome do burnout ou a síndrome do trabalhador esgotado já é algo que faz parte da cultura global do burnout. Enquanto um profissional tenta escalar a sua carreira, é confrontado com mais mensagens que o incentivam a trabalhar mais horas e a ter mais empenho, gerando constante exaustão.

Em maio de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu oficialmente o burnout como um diagnóstico médico, e o impacto vai desde os impactos na saúde mental e física até às enormes perdas de produtividade.

• – Diferença geracional – O local de trabalho médio é agora composto por quatro gerações diferentes, um fenômeno que nunca tinha ocorrido antes. Embora esta diversidade proporcione uma variedade de perspectivas, habilidades e origens, também desafia os líderes empresariais a atrair e incluir diferentes faixas etárias no local de trabalho, sem melhorias práticas que possam ser seguidas.

• – Saúde mental. Os locais de trabalho com uma abordagem proativa à saúde mental podem ter um impacto positivo na produtividade e nos resultados.

De acordo com o estudo ‘A importância da estratégia de saúde mental para atrair os melhores talentos’, desenvolvidos pelo Grupo Robert Walters, 88% dos profissionais consideram as políticas de saúde mental importantes quando procuram uma nova posição; sendo assim, as empresas com uma política de saúde mental forte e clara são mais propensas a atrair grupos mais amplos de talentos.

De acordo com a pesquisa acima, 62% disse que ter alguém em uma função de liderança fala abertamente sobre saúde mental, faz com que se sintam pessoalmente mais confortáveis a falar sobre isso.

• – Plano de crescimento – As avaliações de desempenho são uma excelente oportunidade para rever objetivos e realizações, aprender sobre o estado geral das pessoas na equipe e como estão performando em suas funções, dar feedback sobre os projetos e planejar os próximos passos com maior clareza. – Fonte e mais informações: (www.robertwalters.com.br).