Jair Bolsonaro será o primeiro presidente latino-americano a falar na sessão inaugural do Fórum Econômico Mundial, que começa na semana que vem na Suíça.
O espaço privilegiado foi dado ao brasileiro pelos organizadores diante do interesse internacional que hoje existe, tanto sobre o que ocorre no Brasil, mas também por conta da curiosidade que se tem sobre o que é de fato o novo governo brasileiro.
O lugar de Bolsonaro em Davos estava sendo cuidadosamente negociado entre o Itamaraty e os organizadores do evento, desde sua vitória nas eleições presidenciais, em outubro. Klaus Schwab, fundador do evento, já havia antecipado para a imprensa brasileira que o presidente seria “muito bem recebido” na estação aos pés da Montanha Mágica. A fala, que deve ter entre 30 minutos e 45 minutos, promete ser uma espécie de apresentação de Bolsonaro à elite das finanças internacionais e da imprensa global.
A sessão de abertura é, na maioria das vezes, acompanhada com uma atenção especial, já que dá o tom do evento. Ela não é a primeira fala do Fórum que, de fato, já começa na noite de segunda-feira. Mas é o evento mais aguardado no primeiro dia de fato de debates. Abertura comercial, reforma da Previdência e combate à corrupção estarão no centro do discurso, que também servirá para tentar desfazer uma imagem que, até agora, tem sido negativa no cenário internacional.
Encontros bilaterais também estão sendo agendados para o presidente brasileiro. Mas a ausência de Donald Trump, que cancelou sua viagem para Davos, frustrou a esperança da diplomacia brasileira de ter o primeiro encontro entre o norte-americano e o presidente brasileiro. Em Davos, porém, Bolsonaro não ficará isento de pressões, principalmente no que se refere ao capítulo climático (AE).