Após o TCU dar 30 dias para que a presidente Dilma Rousseff explique as contas públicas de 2014, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, defendeu que o Congresso Nacional passe a analisar as contas do governo federal.
“As instituições têm de funcionar. Se a nossa prerrogativa é analisar contas, que analisemos”, disse. O peemedebista preferiu não comentar o posicionamento do TCU, mas lembrou que o tribunal foi criado como linha auxiliar do Parlamento.
“Ele (TCU) não é um tribunal de decisão, ele é um tribunal de assessoramento do Poder Legislativo para que a gente faça o nosso papel – que já devíamos estar fazendo – de apreciar contas”, pontuou. Cunha disse que é obrigação constitucional do Congresso analisar as contas governamentais. “Esse episódio vai produzir um ganho importante de a gente voltar ao tema de discutir as contas dentro do Congresso Nacional”, emendou.
Cunha lembrou que há contas não apreciadas anteriores ao governo Dilma Rousseff, como os oito anos do governo Lula. Ele também questionou se contas dos governos FHC e Collor foram aprovadas pelo Parlamento. O peemedebista negou que sua intenção seja “atacar” o governo. “Se é para atacar alguém, ela (Dilma) é que será menos atacada. Tem gente demais (para ser analisada)”, concluiu
Cunha afirmou que a retomada da análise das contas do governo segue a mesma linha da decisão de apreciar os vetos presidenciais. “Tem de ser examinada, sim, botar qualquer coisa na gaveta é ruim”, insistiu (AE).