O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, disse que a presidente Dilma Rousseff terá de cortar gastos a fim de equilibrar as contas públicas.
Apesar de não ter visto o pronunciamento de Dilma pelo dia da Independência, Cunha considerou a fala da presidente coerente. Em discurso veiculado pela internet, Dilma disse que pode ter cometido erros superáveis. Segundo a presidente, as dificuldades que o País enfrenta obrigou o governo a lançar mão de remédios amargos.
Para Cunha, em uma situação de déficit ou se cortam gastos ou se aumentam receitas. “Aumentar receitas pode se dar pela melhoria da economia ou por aumento de alíquotas ou criação de tributos. Como aumento de alíquotas e criação de tributos é uma situação que a sociedade não está a fim – nem os empresários nem o contribuinte quer pagar mais –, eu acho que ela vai ter que partir para o remédio amargo, que é cortar gastos”, disse o presidente da Câmara. Mesmo os gastos sociais podem ser cortados, na avaliação de Cunha. “Você só faz política social se há uma sobra orçamentária que te permita isso”.
Ainda segundo Eduardo Cunha, a Câmara não está disposta a votar aumentos de custos nem de impostos. Ele criticou a possibilidade de aumentar tributos por meio de decreto, como o governo já fez com o PIS e a Cofins. Já um aumento de Cide, na visão de Cunha, poderia ter impacto na inflação (Ag.Câmara).