Com a chegada do fim de ano e o natural aumento das vendas de alimentos e bebidas para as comemorações e confraternizações típicas do período, os cuidados com esses produtos devem ser intensificados.
“Os supermercadistas precisam estar atentos aos pontos críticos e aos riscos evitáveis, especialmente nas etapas de transporte, recepção, armazenamento e comercialização desses itens”, alerta Fábio Queiróz, presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), que ainda destaca os riscos do forte calor típico desta época do ano.
“Os meses de novembro e dezembro são especialmente quentes e, com o grande movimento nas lojas, o calor se intensifica. É fundamental controlar a temperatura nas gôndolas e vitrines refrigeradas, onde os alimentos mais sensíveis são expostos. Os produtos mais procurados costumam estar nessas áreas”, reforça o executivo.
Pensando nisso, a ASSERJ, junto ao Flávio Graça, consultor de alimento seguro da Associação, preparou algumas orientações importantes para o manuseio de bacalhau, aves, carnes suína e bovina, frios e frutas secas.
. Bacalhau e peixes salgados – O bacalhau e outros peixes salgados devem ser mantidos a uma temperatura máxima de 4 °C durante o transporte, armazenamento e exposição.
O peixe salgado seco, categoria que inclui o bacalhau, deve ser armazenado, transportado e exposto a uma temperatura máxima de 7 °C – no município do Rio de Janeiro, a legislação permite que o bacalhau seja exposto em temperatura ambiente (até 30 °C).
A quantidade exposta deve atender à demanda diária do estabelecimento. Além disso, o produto precisa ser acondicionado em bandejas de cor neutra e coberto por filme plástico para evitar contaminações, não podendo ficar acessível ao toque direto do consumidor.
A denominação de venda deve incluir o nome comum da espécie, seguido da descrição “Salgado” ou “Salgado seco” e da forma de apresentação (como desfiado, espalmado, filé, lombo, posta, etc.), com caracteres uniformes em tamanho e cor.
As principais alterações indesejadas incluem o “vermelhão”, que causa manchas avermelhadas devido à contaminação bacteriana no sal, e o bolor, identificado por pontos pretos que indicam falhas na conservação. Vale ressaltar que é proibido ressalgar o produto.
. Carnes bovinas, suínas e aves – As carnes bovinas, suínas e de aves devem ser conservadas conforme a temperatura indicada na embalagem original. Em caso de produtos congelados, a temperatura de armazenamento deve ser mantida entre -12 °C e -18 °C, sem sinais de descongelamento.
É importante evitar o excesso de produtos nas câmaras, gôndolas e vitrines frigorificadas, pois isso compromete a circulação de ar e a manutenção da temperatura adequada. Produtos vendidos descongelados devem passar por um descongelamento técnico, realizado sob refrigeração a uma temperatura máxima de 5 °C.
. Frutas secas e oleaginosas – Frutas secas, nozes e castanhas podem ser vendidas a granel, desde que o mercado disponibilize um funcionário para atender o cliente. Quando acessíveis ao consumidor, esses produtos devem estar embalados, para evitar o contato direto. Devem também ser devidamente identificados e livres de insetos e fungos.
Flávio Graça, consultor da ASSERJ, reforça uma última dica. “Lembre-se: este é o momento ideal para fidelizar o cliente, oferecendo produtos de qualidade”, finaliza. – Fonte e mais informações: (https://asserj.com.br/).