Pela primeira vez desde abril do ano passado, o consumidor mostra-se mais otimista com o quadro atual da economia e com a possibilidade de uma recuperação do crescimento no futuro, segundo aponta a FecomercioSP.
Entre julho e agosto, o índice subiu 2,4%, passando de 97,7 pontos para 100 pontos. Na escala de zero a 200, quando a percepção fica abaixo de 100 pontos, a interpretação é de pessimismo e acima dessa marca, de otimismo.
Comparado ao levantamento feito em agosto do ano passado, foi constatado um avanço de 18,2%.
Na pesquisa, foram ouvidos 2,2 mil consumidores. Essa melhoria do otimismo, segundo a FecomercioSP, foi influenciada principalmente pela avaliação das condições econômicas do momento que apresentou alta de 6,6%, ao passar de 51,3 pontos para 54,7 pontos. Sobre agosto do ano passado, houve elevação de 7,8%. Os mais otimistas estão na faixa de renda abaixo de dez salários mínimos com aumento de 13,5% (de 47,2 pontos para 53,5 pontos). No universo com ganhos acima de dez salários mínimos, houve um recuo de 4,9% em relação a julho, e de 13,3% sobre igual período do ano passado. Entre os consumidores com ganhos até dez salários mínimos, o índice teve elevação de 2,8%.
Em nota, a FecomercioSP, avalia que “apesar da recuperação em relação ao mês anterior, as condições econômicas atuais do brasileiro permanecem ruins e a alta da confiança do consumidor nos últimos meses foi quase que inteiramente motivada pela melhora nas expectativas iniciada durante o começo do governo interino”. Para a entidade, a retomada do nível de atividade depende das reformas fiscais propostas, medidas que considera fundamentais para a queda dos juros e estabilização do real (ABr).