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Conheça cinco carreiras do futuro e como se preparar para elas

em Destaques
quinta-feira, 26 de maio de 2022

A transformação digital e o impacto da tecnologia nos negócios têm demandado cada vez mais profissionais das chamadas carreiras digitais. Estudo realizado pela startup de educação Tera, em parceria com a Mindminers, mapeou quais as tendências para cinco das carreiras do futuro — quatro delas apontadas como em alta demanda até 2025 pelo World Economic Forum:

Data Science, Product Management, Desenvolvimento de Software, UX Design e Marketing Digital tiveram seus desafios, cargos possíveis, soft skills e habilidades técnicas abordados pelo relatório.

Segundo Leandro Herrera, CEO e fundador da Tera, para quem quer seguir uma dessas carreiras, o primeiro passo é entender como levar a bagagem de conhecimento que já tem para a área em que você quer se inserir. “É preciso fazer uma autoavaliação do seu perfil profissional para entender em qual delas o que você já sabe pode ser usado”, indica.

“Perceber o contexto em que empresas digitais estão inseridas, apostar em skills transversais e desenvolver um mindset de adaptabilidade e desenvolvimento também são ações importantes para ter sucesso em seu objetivo”, completa. Descubra o que a pesquisa apontou sobre as cinco profissões mapeadas:

  1. – Profissional de Dados – São os que estudam a coleta, o processamento, o tratamento, a análise, a modelagem e a visualização de dados. Dentre os respondentes, 59% dizem que não começaram a carreira em funções ligadas a dados. Os cargos mais frequentes na amostra são: Analista de Dados (29%), Inteligência de Mercado (10%) e Cientista de Dados (7%).

Entre as carreiras possíveis estão Cientistas de Dados, Engenheiro de Machine Learning, Analista de Dados, Arquiteto de Dados, Engenheiro de Dados, Especialista em MLOps (operações de Machine Learning), Especialista em Inteligência Artificial e Analista de Business Intelligence. A carreira exige principalmente as habilidades técnicas para análise de negócios (12%), análise exploratória de dados (11%) e métricas e KPIs (10%), segundo os participantes.

Mentalidade orientada a dados foi a soft skill com maior destaque entre profissionais (19%), seguida de resolução de problemas complexos (17%) e comunicação (16%). A maior parte dos profissionais apontaram já ganhar de R$ 6,6 mil a R$ 10 mil (36%), enquanto todos os profissionais em nível executivo afirmaram ter um salário de mais de R$16,5 mil — a maior faixa abordada na pesquisa.

  1. – Product Manager – São profissionais responsáveis por definir diretrizes e acompanhar o cumprimento delas durante o processo de desenvolvimento de produtos. Seu papel é geralmente representado pela tríade de design, tecnologia e business. Sete em cada dez profissionais de produtos digitais (70%) não começaram a carreira em funções relacionadas a essa área e 68% usaram bootcamps para chegar até o cargo atual.

Os cargos mais frequentes são: Product Manager e Product Owner. Além dessas duas, outras carreiras possíveis são: Data Product Manager, Group Product Manager, Product Marketing Manager e Product Lead. Para os participantes da pesquisa, as habilidades mais importantes para o cargo são análise de dados e métricas (63%), priorização de entregas e atividades (54%) e capacidade de escalar produtos e processos (46%).

Em relação às soft skills para atuar na área, eles destacaram comunicação (18%), resiliência, tolerância ao stress e flexibilidade (13%) e liderança e influência (13%).
Product Management é uma das carreiras com salários mais altos, em que mais de 50% dos profissionais apontam ganhar mais de R$10 mil.

Os dados também mostraram que mais da metade daqueles que estão no cargo (54%) ocupam um nível de senioridade intermediário (Analista Sênior ou Coordenador), mesmo que a área se destaque pelo número de pessoas com pouco tempo de função, e que mais de 68% desses profissionais em nível intermediário já ganham acima de R$6,6 mil.

  1. – Desenvolvedor de Software – É o processo de produção de um sistema tecnológico, com as etapas que compreendem a concepção de um produto. Trata da forma como as fases são organizadas e do que deve ser feito sempre para padronizar a criação e permitir que empresas e equipes criem aplicações em escala.

Três em cada quatro participantes (76%) da área dizem que começaram a carreira em funções relacionadas e mais de 40% das pessoas ocupam vagas sênior, como especialista ou líder técnico. Para desempenhar o cargo, as habilidades técnicas mais usadas são lógica de programação (64%), padrões de projeto (34%) e compreender diferentes paradigmas e tipos de linguagem de programação (34%).
Ter uma postura colaborativa se destaca como soft skill nessa profissão (19%) frente às outras. Mais algumas competências importantes são resiliência, tolerância ao stress e flexibilidade (16%), resolução de problemas complexos (16%) e comunicação (16%).

A carreira acompanha Product Management como aquelas que apresentam salários mais altos, em que mais da metade aponta ganhar acima de R$10 mil. Entre os iniciantes, 28% responderam já ter uma renda de R$3,3 mil a R$6,6 mil, enquanto 67% dos profissionais de nível executivo responderam ter um rendimento de mais de R$16,5 mil.

  1. – UX Designer – É a pessoa responsável pelo desenho da experiência de pessoas usuárias, que não se restringe apenas à jornada em produtos digitais. Por englobar todos os aspectos da interação do usuário final com a empresa e seus produtos, ele é importante para todo e qualquer serviço. Seis em cada dez participantes (63%) dizem que não começaram a carreira em funções relacionadas à área.

Entre as carreiras possíveis: UX Design, UX Writing, UI Design, Visual Design, UX/UI, Service design, UX Research e Product Design. Entre os entrevistados, 65% dizem que a pesquisa com usuários é a habilidade técnica mais importante para a carreira. Competências como arquitetura da informação (47%) e prototipação (40%), de alta ou baixa fidelidade, também foram muito citadas.

Entre as soft skills, a comunicação é vista como a mais importante (18%), seguida por visão orientada para a pessoa usuária (17%). Mesmo em níveis ainda intermediários de senioridade, profissionais de algumas carreiras digitais conseguem alcançar faixas salariais acima das médias do mercado tradicional, como os de UX Design.

A pesquisa mostrou que mais de 64% dos UX Designers em nível intermediário já ganham acima de R$6,6 mil. Em nível sênior, mais de 50% têm salários acima de R$16,5 mil e em nível executivo, todos afirmaram ganhar mais de R$16,5 mil.

  1. – Digital Marketer – Os profissionais de Marketing Digital precisam dominar ferramentas e canais, além de desenvolver estratégias essenciais como inbound, SEO, customer experience, marketing de conteúdo e growth. Segundo a pesquisa, mais da metade das pessoas (55%) diz ter começado a carreira já na área de marketing digital.

As especialidades mais mencionadas são: redes sociais (37%), produção de conteúdo (32%) e campanhas (22%). Quatro em cada dez participantes da pesquisa (44%) destacam a mensuração e a análise de resultados como a principal habilidade para a profissão.

Outras competências importantes são análise de negócios e cenários competitivos (29%) e conhecimento de diferentes canais (29%). Em relação às soft skills, se destacou criatividade, originalidade e iniciativa (19%), seguida por comunicação (16%) e mentalidade orientada a dados (14%).

Para quem quer seguir alguma dessas carreiras, Herrera recomenda quatro ações:

A. O primeiro passo, ele diz, é entender como levar a sua bagagem para uma carreira digital, fazendo uma autoavaliação dos seus conhecimentos e do seu perfil profissional para entender em quais áreas o que você já sabe pode ser usado.

Alguns profissionais com receio de investir em uma carreira digital por não querer colocar na gaveta diversas experiências e saberes adquiridos durante anos no mercado tradicional, mas a transição de carreira não é sobre isso. Pelo contrário, é sobre levar todas as habilidades técnicas, conhecimentos multidisciplinares e soft skills para um mercado mais aquecido e com mais oportunidades de atuação e impacto.

B. Depois, é necessário perceber o contexto em que empresas digitais estão inseridas, no que isso muda o jogo no mundo dos negócios e, consequentemente, na atuação profissional nesse mercado. A economia digital tem um ritmo diferente, muito mais dinâmico, já que acompanha de perto as intensas transformações tecnológicas e sociais.

Metodologias como agilidade e design thinking e práticas como orientação a dados e autogestão são muito comuns nesses espaços justamente porque é impossível operar um negócio em um cenário tão complexo e com tantas variáveis e desafios sem abandonar algumas práticas do mercado tradicional.

O empreendedor continua dizendo que criar visão sobre como funcionam negócios digitais é essencial e profissionais podem fazer isso furando a bolha e trocando experiências em comunidades com tantos profissionais que já atuam no novo mercado.

C. Mais um ponto é apostar no desenvolvimento de skills transversais. É tão ou mais importante quanto desenvolver habilidades técnicas relacionadas a uma área específica como product management ou ciência de dados. Pensando em um futuro em que inteligência artificial e automação farão com que muitos cargos percam o sentido, o insubstituível e diferencial na nossa atuação profissional estará muito mais ligado a nossa humanidade.

Isso envolve a forma como nos comunicamos e influenciamos pessoas, como usamos criatividade para resolver problemas e inovar, como usamos a tecnologia para criar soluções e até mesmo como conseguimos aprender por meio de diferentes estratégias.

D. Por fim, Herrera diz ser importante desenvolver uma mentalidade de adaptabilidade e desenvolvimento. Novamente falando de mentalidade aqui, a de ‘lifelong learner’ é indispensável para quem quer começar nas carreiras digitais.
Isso porque uma das principais características do mercado digital, e da sociedade moderna como um todo, é a volatilidade, causando constantes mudanças.

O que exige de nós, como profissionais, uma disposição consciente a continuar aprendendo e evoluindo para acompanhar tendências, novas tecnologias e novas formas de criar boas soluções no nosso dia a dia de trabalho. – Fonte e outras informações: (https://somostera.com/).