O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que é natural que as entidades da indústria se manifestem contra o aumento de impostos e que, para o governo, o ajuste fiscal é definitivo e, por isso, ainda será preciso que o Congresso aprove medidas fundamentais, como a reforma da Previdência, assim que as condições ‘estiverem maduras’.
O ministro reiterou que o governo quer votar a reforma da Previdência. “A nossa expectativa é que, resolvidas as questões políticas, a reforma da Previdência seja pautada. Seja agosto ou setembro, o fato é que ela será colocada em votação”, destacou. Meirelles disse ainda que as medidas adotadas visam manter a trajetória da retomada da economia e do crescimento para que o País possa voltar a gerar emprego. “Temos uma expectativa que uma série de receitas irão se consolidar agora, algumas delas nas próximas semanas”, acrescentou.
Entre as receitas esperadas, Meirelles citou recursos provenientes de depósitos judiciais na Caixa e a renegociação e antecipação do pagamento de outorga do Aeroporto do Galeão. “E também existe um processo de privatização da Lotex, isso é, da conhecida raspadinha”, listou. Ele ainda fez questão de destacar que o controle de despesas “é rígido” e “não há nada que esteja sendo feito fora daquilo que já estava sendo orçado”, afirmou.
O ministro comentou sobre ter sido flagrado em vídeos cochilando durante o discurso do presidente Michel Temer na 50ª Cúpula do Mercosul, que aconteceu na sexta-feira (21), em Mendoza. “Trabalhei até tarde e às vezes o cansaço aparece”, justificou-se (AE).