A confiança dos empresários do comércio subiu 18,6% em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano passado.
Foi a oitava taxa positiva consecutiva nesta base de comparação, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Na série com ajuste sazonal, o índice aumentou 1% em fevereiro na comparação com igual período de 2016, alcançando 95,5 pontos. Porém, o resultado, que ficou abaixo dos 100 pontos, mostra que os comerciantes estão “atentos às condições do mercado de trabalho e à restrição da renda das famílias”.
“Apesar da redução do ritmo de queda nas vendas, os tomadores de decisão do varejo mantêm cautela diante de incertezas quanto à recuperação tanto deste mercado de trabalho como da restrição da renda”, diz a confederação. Em nota, a economista da CNC, Izis Ferreira, afirma que a melhora da confiança dos empresários do setor têm relação com as reformas e medidas de ajuste propostas pelo governo, e com a “queda das taxas dos juros e a redução da inflação, que propiciam um ambiente mais favorável aos investimentos e estimulam a confiança dos comerciantes”.
Quanto às condições atuais da economia, a avaliação dos comerciantes melhorou 11,5% em fevereiro. Com isso, caiu a proporção de comerciantes que consideram as condições econômicas atuais piores.
Sobre o comportamento da economia no futuro, o otimismo do empresariado caiu pelo terceiro mês consecutivo.
Para Izis Ferreira, a queda indica que o comércio não acredita na retomada das vendas no curto prazo (ABr).