Tiaki Yamamoto (*)
Com grande parte do mundo vivendo em quarentena ou com medidas de isolamento social, não é novidade dizer que os seminários virtuais vêm crescendo e os números de participantes estão aumentando globalmente. De acordo com um relatório do ClickMeeting para 2020, algumas tendências no segmento de webinars eram confirmadas, como realidade virtual e aumentada, automação baseada em inteligência artificial, conteúdo visual e personalizado, além de foco na experiência do usuário.
O que a entidade talvez não esperasse era que uma esmagadora maioria contaria com essa ferramenta para manter a vida profissional ativa por meses a fio.
No futuro, pode-se dizer que, certamente, voltaremos a ter eventos presenciais, ainda mais com a segurança da tão aguardada vacina – ou de medidas e protocolos de segurança. Inclusive, neste começo de semestre, já experimentamos uma leve flexibilização e reabertura.
No entanto, mesmo com o regresso à “normalidade”, o modelo de webinars seguramente continuará com uma considerável fatia de audiência, se considerada a abrangência permitida por essa prática. Coexistência será a palavra do dia quando houver uma regularização. Outro ponto a ser debatido é a colaboração. Empresas tiveram que se adaptar a uma nova realidade muito rapidamente, sem a estruturação necessária. As ferramentas mais assertivas nesse sentido tornaram-se cruciais.
Atualmente, ser produtivo é sinônimo de ser colaborativo. Companhias atentas pensam em soluções apropriadas, como um codec de vídeo apto a reuniões que proporcionem experiências de alta qualidade, sistemas arrojados para segurança de dados, uma conectividade mais eficiente, beirando à infalível, e demais atributos que compõem um combo indispensável para encarar esse novo momento ao qual estamos imersos.
A situação atual fez desaparecer eventos habituais e, considerando que agora todos estão trabalhando de casa, grandes reuniões online estão sendo realizadas. A medida paliativa nos leva a refletir sobre a efetividade de alguns deslocamentos, por vezes, desnecessários e coloca em xeque modelos tradicionais que eram credenciados como produtivos.
Considerando que o desfecho dessa saga não virá da noite para o dia, é imprescindível dizer que o setor privado precisará se estruturar melhor nos próximos meses, levando em conta um amplo leque de oportunidades para trabalharmos com os mais variados tipos de clientes.
O cenário de busca online por informação e conhecimento é ainda mais amplo. De acordo com a Comscore, o acesso ao noticiário e às informações em geral saltou de uma audiência superior a 725 milhões no intervalo de 9 a 15/03 para cerca de 1 bilhão de pessoas por dia no trecho 16 a 22/03 – um avanço de 42%.
Serviços de streaming brasileiros notaram um boom de assinantes – alguns tiveram um incremento de 250% na base de usuários em 12 meses, segundo dados publicados em junho. O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação divulgou que 516.951 novos certificados foram emitidos no Brasil em junho, representando um aumento de 25,1%, na comparação com 2019. A instituição espera emitir 6.319.011 certificações em 2020.
Os webinars, em específico, são ideais para uma comunicação rápida e podem contar com muitos participantes, conectados simultaneamente. Qualquer um que esteja ausente pode assistir às gravações quando possível. Do ponto de vista mais pragmático, as ferramentas para os seminários virtuais podem inclusive otimizar processos, levando em conta que não há salas de conferências, gastos com viagens, catering e transporte para eventos presenciais.
Sob uma perspectiva de gestão, os colaboradores em uma empresa podem estar em contato com os membros de sua equipe, aprimorando a performance e mantendo uma comunicação efetiva entre seus pares. Em relação aos usuários em geral, este também é o momento perfeito para receber capacitações gratuitas e oferecer produtos e serviços.
Ao passo em que investimos mais em estruturação e conectividade, é bem possível que em um futuro de curto e médio prazo, o mercado seguirá com um investimento contínuo em eventos virtuais, reforçando um cenário híbrido e transitório, apontado anteriormente, enquanto caminhamos para o próximo estágio.
(*) – É Business Development Manager para a América Latina da Orange Business Services (www.orange-business.com/br).