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Competitividade empresarial fica cada vez mais acirrada com a Inteligência Artificial

em Destaques
quinta-feira, 05 de setembro de 2024

Harold Schultz (*)

Recentemente, rodei o mundo conferindo as novidades de inteligência artificial (IA), participando e palestrando em eventos, além de ter participado do treinamento “The Future of AI” da Singularity University, principal universidade do Vale do Silício, na Califórnia, EUA, sendo um dos primeiros profissionais do mundo a receber as certificações de “Organizações Exponenciais e de Futurista IA”.

Com todas as experiências nos últimos meses, pude ver de perto as mais recentes novidades de IA, notar o que mudou e o que irá evoluir ainda mais nos próximos meses, com base no mercado. Primeiro de tudo, não posso deixar de falar da velocidade pela qual essa tecnologia cresce, é um ritmo totalmente exponencial e que fica cada vez maior, como a velocidade de um fio de fibra ótica até o desenvolvimento de sistemas e novas soluções.

Com isso, o mercado de Customer Experience (CX) fica cada vez mais aquecido e competitivo, mas como? Com a aceleração da tecnologia, o uso de smartphones e o crescimento de soluções Cloud contribuem ainda mais para a experiência do cliente, que podem trazer experiências imersivas e atrativas para os consumidores.

A Apple revolucionou essa área com o Apple Vision Pro, que por meio de computação espacial, IA Generativa e Modelos de Linguagem em Grande Escala (LLM), permite sobrepor elementos virtuais ao mundo real com imersão em ambientes digitais, fazendo com que os usuários tenham uma experiência única de imersão e visualização.

Um exemplo disto foi mostrado no “The Future of AI” e chamou a atenção de todos, sendo que uma pessoa pode assistir a um jogo de futebol ou basquete com os óculos da Apple, e simplesmente se colocar no lugar de um determinado jogador, fazendo com que a imagem do usuário fique sobrepostas a do atleta, se movendo exatamente igual, em tempo real.

A IA está sendo capaz de criar soluções e ferramentas cada vez mais complexas e de uma forma extremamente acessível. Alguns anos atrás, ter acesso a essa tecnologia era exclusividade das grandes empresas com poder de investimento, hoje, qualquer pessoa ou negócio pode investir um baixo valor mensal e ter acesso às ferramentas de inteligência artificial.

Isso mostra que a competitividade do mercado não está somente entre as empresas, mas também com os seus próprios consumidores, que com pouco esforço podem chegar a solução dos seus problemas. Por isso, é importante que as companhias tenham a sua própria divisão focada em IA, para evoluir e se destacar cada vez mais.

Por mais que estamos ouvindo, cada vez mais, sobre IA Generativa e vendo os seus feitos achando que chegamos no ápice da inovação, é totalmente o contrário, estamos ainda no começo desta evolução. As empresas precisam de executivos que tenham um mindset exponencial, que nada mais é do que a capacidade de enxergar uma ferramenta ou solução que tenha um grande potencial no futuro.

Também temos que estar preparados para as ondas tecnológicas, por exemplo, tivemos a onda do Bitcoin por volta de 2014, a nova onda da Nvidia, que foi maior tanto em velocidade quanto em tamanho e volume, e o ChatGPT, que teve uma adoção muito mais rápida do que qualquer outro produto na história.

Se não estivermos preparados para essas ondas, estaremos perdendo diversas oportunidades, levando em consideração que a tendência é que as próximas ondas sejam ainda mais rápidas, porque estamos montando uma boa infraestrutura tecnológica, fazendo com que seja mais fácil a viralização e exponenciação.

Todo esse cuidado e novo olhar sobre a IA deve ser levado em consideração em qualquer área de atuação, porque todo tipo de negócio consegue se beneficiar desta tecnologia. Com um crescimento cada vez mais rápido, as empresas que demorarem para investir e se adaptar, ficarão atrasadas e com baixo potencial competitivo no mercado.

A experiência do cliente está constantemente recebendo novas soluções, por conta da inteligência artificial e esse continuará sendo um dos principais, se não o principal ponto, da tecnologia nos próximos meses e até anos.

(*) – É Chief AI Officer da MakeOne (https://makeone.com.br/).